Erros, acertos e vaias
Em noite inspirada, Sobrenatural de Almeida fez grande partida no Maracanã. Quando notou que o Flamengo fazia uma boa partida até a parada técnica do primeiro tempo, resolveu equilibrar o jogo com um gol olímpico raríssimo.
Daqueles que eu nem culpo o goleiro, diga-se.
Mas jogando desta forma, o “novo Flamengo” apresentava alguns problemas.
A idéia é boa. Mas o Elano não pode ser um jogador aberto pra fazer de um lado o que o rápido e driblador Paulinho faz de outro. Elano tem outra característica, e sua melhor posição numa formação assim seria na vaga do Muralha ou, mais ousado, na do Carlos Eduardo. Não aberto pela ponta.
Mas parecia suficiente pra bater o Duque de Caxias, mesmo ainda na estréia, com uma torcida turistica disposta apenas a cobrar.
Não era hora, convenhamos. Muito cedo. Mas, quem cobra preço de turista não pode reclamar que eles estejam ali. É uma escolha.
Algumas coisas não tem escolha. Como por exemplo um chute torto que bate no braço do atacante, desvia, vai na trave e volta na cabeça do centroavante, que faz 2×0.
Sobrenatural em grande fase. Duque 2×0, Maracanã, deu ruim.
Até que o Duque se empolga, esquece quem é quem e resolve sair tocando de letra no ataque. Jayme mexe, arruma o time pra uma formação mais simples com 2 meias e 2 atacantes de área e consegue, através de duas jogadas do cansado e vaiado André Santos, dois gols salvadores.
Este Flamengo “aberto” com o falso 433 que na real é 451, precisa de jogadores com essa característica. Talvez o Cadu aberto renda mais que Elano, que no meio renderia mais do que na ponta.
Talvez.
Talvez não.
É cedo. Tanto pra elogiar quanto pra vaiar. Vaiaram.
Hoje, injustamente.
abs,
RicaPerrone