“Escravos de Ju, jogavam pra ganhar. Tira, bota deixa o Ju mandar. É pouco futebol e muito bla bla bla”. Tá, parei.
Enfim, eis a nova velha diretoria tricolor. Aliás, o SPFC anda tão estranho que até renovação é feita com gente que já estava lá. Muda tudo! Não de idéia, mas de cargos. O Adalberto, que não é do futebol, vira diretor de futebol.
O Rogê, que não era da comunicação, sai do cargo e vira diretor de marketing, que também não é o ramo dele. O Leco vira vice-presidente do clube. E só não muda o Juvenal, ou melhor, até muda. De diretor de futebol voltou a presidência, e como adora esse joguinho de ficar mexendo peças pra fingir que mudou, ele repete a dose.
Vamos cair na real? O Juvenal não quer diretores que discordem dele. Por isso coloca os que dizem amem. Quando Leco para de dizer amém e CORRETAMENTE discorda de uma situação, ele tira o cara. Mesma coisa que ele já fez diversas vezes lá dentro com gente com menos mídia. Não há novidades.
O que não podemos fazer, no entanto, é bater no revolver. A briga é com quem atira.
O Adalberto, que deve ser bom negociador, precisa de alguém DO FUTEBOL com ele. E quando digo do Futebol me refiro a alguém que conheça boleiros, a linguagem, onde eles andam e que não tenha medinho de cara feia de jogador. Ele, sozinho, não resolve nada.
O Rogê, que foi mal no Socio Torcedor e muito bem na Comunicação do clube, assume o Marketing. Você pode dizer: Mas ele não é do marketing!
E o Adalberto era? Então… nesse aspecto, seis por meia duzia.
Eu discordo do Rogê em 60% do que ele pensa. Mas tem uma coisa nesse sujeito que eu gosto, e que falta um pouco no SPFC: Ele não corre.
Eu já mandei ele pra aquele lugar, já questionei coisas obscuras no clube, ele me xingou, gritou, ficou puto, mas… não bateu pezinho e virou as costas. Eu admiro isso, aliás, acho que é algo que devia vir de fábrica com quem se diz “homem”.
Das 200 vezes que briguei com o Rogê por divergencias futebolisticas ou administrativas, nas 200 ele continuou na linha, no msn ou na minha frente. E nunca me bloqueou, me tirou da listinha, etc. Ele deve odiar o que eu escrevo, o que é direito dele, mas ele não faz frescurinha por isso.
É digno de um dirigente, coisa que o Casares também faz muito bem, saber ouvir a critica e não entender isso como algo pessoal. Peitar, responder, bater boca, mas ficar em pé na frente de quem o questiona. Falta isso a quem é questionado e a quem questiona.
E o Rogê tem isso. Logo, sendo ou não do marketing, eu sei que a imprensa vai ter um sujeito que atende telefone quando a coisa tá feia. O que já é um passo num clube onde o bando de arrogantes que transformou o SPFC no clube mais odiado do país fica “ocupado demais” quando o clube tá mal.
Estranho, né? Quando ganha estão todos de folga de seus empregos fora.
Enfim, a leitura é simples pra mim.
Vai o Adalberto pro futebol e o Juvenal continua mandando e fazendo o que quer. Se precisar escalar o time, como fez alguma vezes com o Muricy, ele fará.
Vai o Rogê pro Marketing porque é um cara que o Juvenal confia. E é um representante da “nova geraçao” de cartolas do SPFC.
Vai o Leco pra vice presidencia pra ele não ficar sem cargo e falar mal do Juvenal na mídia. Enquanto o João Paulo segue ali, sendo o sabão oficial do clube pra mídia escorregar e não achar os reforços antes da hora.
Eis o Tricolor, senhores.
De um técnico ruim, um jogador rebelde que fica no grupo, sem comando, com um presidente eterno, sem respeito ao estatuto e que está cada vez mais “igual aos outros”.
O discurso do “aqui, não”, graças a Deus, acabou.
Mas não se engane. Bastam 10 gols do Luis Fabiano e todos eles farão parte da “melhor diretoria de futebol do país”.
Futebol é no campo. Até quando não é.
abs,
RicaPerrone