Estava impedido!
É de enlouquecer qualquer um. O time que sofre por não ter força política entra em campo como vilão do pobrezinho que nacionalmente carrega a fama de ser o mais forte de todos no “tapetão”.
Mando de jogo, ídolo suspenso, torcidas que não vão. Fé, arrogância, superação e um olhar especial pro gato, caso o peixe dê errado. Se passar do ponto, dou pro gato comer e a culpa é toda dele.
Não é. Claro que não é. Mas o gato vai me absolver.
Porque estava impedido. E que incrível, o botafoguense sai do estádio numa decisão agradecendo a sorte e ao juiz! Nos pênaltis, sem Jefferson, pelos “pés” do goleiro reserva.
Ah, vá! Não é possível!
É sim. Tão possível quanto a reviravolta no jogo onde o treinador do Fluminense ganhava destaque no intervalo por corrigir os próprios erros.
E o Botafogo, cansado, não pode reclamar do calendário e do estadual inchado da sua “parceira” FERJ.
Ora, faça me o favor, Rica! Você não vai falar nada?
Tô falando! Tudo! O que somado não diz nada.
Há uma história a ser contada pra eternidade sobre este jogo no Niltão. Você pode contá-la como quiser. Com heróis e vilões, castelos e bruxaria, ou com o pragmatismo de quem passou mais de 2 horas no estádio e só conseguiu ver o que nem havia visto: um lance irregular.
Passa o Botafogo. Com 11 penaltis pra cada lado, sem pernas, machucado, se arrastando e sem um tostão quando começou o ano.
Talvez você realmente ache que foi tudo armado. Talvez você acredite em Papai Noel.
Eu acredito. E mesmo que ele não exista, sempre há um presente na minha janela.
Adorei o de hoje. E viva o Botafogo!
abs,
RicaPerrone