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Eu gosto do Sheik

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As vezes eu concordo, muitas outras não. Acho incoerente em algumas ocasiões, firme em outras.  Gosto de ouvi-lo falar, de vê-lo jogar. De cobrir um esporte em que ele seja protagonista.

Posso não concordar com ele, mas o fato de ouvi-lo dizer o que diz me faz bem.  Eu não sou o tipo de sujeito que prezo pela simpatia de quem mal me conhece.  Eu gosto de quem fala o que pensa e não faz questão de ser mais um, seguindo a cartilha de quem faz de tudo pra não se meter em dividida.

Me afasto involuntariamente de qualquer pessoa que tire o pé de dividida. E você pode perder a bola, tanto faz. Mas não tira o pé se a jogada for sua.  Sheik não tira. E perdendo ou ganhando, ele mete o tornozelo dele pra jogo.

Numa ilha de mediocridade onde todo mundo morre de medo da porra dos Zé Ongs que ficam procurando motivos pra perseguir alguém e criar uma tese radical que o jogue na mídia, Sheik se salva. Tem uma dose de “maldade” nele que me passa a impressão de falar com um ser humano.

Odeio ouvir o Messi falar, por exemplo. Até porque ele não fala.  Não gosto de achar algo sobre alguém que não se expõe em nada. Afinal, vou achar o que se não sei quem ele é?

Odeie Emerson Sheik. Adore-o.  Não conteste, porém, sua importância no que faz.  Emerson é daquela rara linhagem de gente que mata a cobra, mostra o pau e pergunta se alguém ali era parente da cobra.

Figuraça. Com direito a todos os defeitos que qualquer um de nós possa ter. Mas que não segue um manual de como ser “mais um”.  Talvez por isso, não seja.

abs,
RicaPerrone

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