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Pessoais

Eu só queria que tu soubesse ler

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Se hoje você soubesse, saberia que faz 15 anos. Talvez entendesse a importância disso para os humanos, talvez só usasse pra me chantagear e pedir mais um doguitos.

Eu não me importaria. Aliás, filhote, se tem uma coisa no mundo que eu não me importo é em “perder” pra você.

Sei que esse pode ser o último e tenho certeza que será “um dos”, na melhor das hipóteses.  Hoje você não está doente, ainda faz quase tudo que fazia com 8 aninhos.  Então ainda dá pra te olhar sem sofrer.

Você chegou com 28 dias, mal saia da caminha pra beber água. Foi meu parceiro em todas as merdas que fiz na vida, e a primeira “lambida” quando eu tinha algo bom pra contar.

Agora tu tá aqui no meu lado, branquinho, me olhando escrever sem entender nada. E eu louco pra que você pudesse voltar 10 anos no tempo e correr pra pegar a corda pra brincar.

Eu não ia escrever um post sobre você, afinal, você não vai ler então não faz sentido algum. Mas por outro lado se é tão comum dividir aqui a dor quando perde-se vocês, porque não quando ainda os temos conosco?

Você aprendeu tudo que eu ensinei. Do lugar do xixi a não pedir pra brincar na hora do jogo. Do jeito certo de comer maça a deitar, rolar e fingir de morto. E quando você não estiver fingindo vai ser foda.

Te dei e tirei algumas “mães” nessa vida, né cara? Desculpa. Deve ser insuportável pra você vê-las sumir sem entender como isso acontece.  Coisa de humano. Não se preocupe, nunca foi culpa sua.

Dizem que eu nunca tive filhos. Porra, carinha… eles não sabem de nada, né? Até câncer a gente encarou.

Vem cara! Sobe aqui. Vamos dormir. Eu acho que nem sei mais acordar sem que sua alegria seja a primeira coisa do meu dia. E sabe o que é melhor? Nem preciso ainda me acostumar com isso.

Te amo, filhote! Obrigado por me fazer alguém melhor todo santo dia. E desculpe os meus mil defeitos. É q eu sou só um humano, não consigo ser como você.

Feliz aniversário, Schummy!

RicaPerrone (Pai)

Pessoais

Sou eu assim sem você

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Cheguei, abri a porta de casa e estava tudo no lugar. Ninguém correu até mim, não havia uma coleira jogada na mesa ou um tapete revirado na sala.

Não havia nada.

Abri a geladeira e derrubei um pedaço de queijo no chão. Ninguém correu pra pegar. Meus pés estavam livres, eu podia transitar sem olhar para não tropeçar em ninguém.

Deixei a porta do quarto meio aberta por hábito, embora pudesse fechar porque o ar ficaria ainda mais eficiente. Me deitei sem ter que conferir a água e a comida, não tive que me esticar na cama pra conseguir dar um beijo de boa noite em quem, velhinho, não conseguia mais subir.

E então tentei dormir. Era a primeira vez em 16 anos que antes de dormir eu não sorria porque ele estava ali. Mesmo quando viajando, eu abria sua foto no celular pra ver. Doeu muito mais do que eu achei que fosse doer. E me preparo pra isso há exatos 16 anos.

Desde o primeiro dia, quando o segurei nas mãos, eu pensei: “e quando ele morrer?”.

Foram 16 anos, o amor aumentando, e dia após dia meu medo de perde-lo era maior e mais assustador.  Tivemos sustos, cirurgias, momentos em que eu perdi o controle sobre o bem estar dele e descobri nesse período que a única coisa que me tira do eixo na vida é não ter controle sobre algo que eu preciso proteger.

Agora faz exatamente 24 horas que meu telefone tocou com o Fred, meu veterinário de confiança, dizendo que havia acabado.

Serão milhares de vezes que vou sentir essa saudade. Mas hoje é a mais forte sensação que vou ter do quanto valeu a pena ter passado por isso e do quanto é insignificante a dor absurda que eu estou sentindo perto do que ele me deu.

Sim, eu faria tudo de novo. Mesmo agora, no ápice da dor, eu garanto que faria.

Virei alguém melhor todos os dias. Aprendi a dar e receber carinho, a me importar, a não ser egoista e, hoje, especialmente hoje, aprendi o quanto a gente perde tempo esperando o pior.

Eu me preparei pra perde-lo. Mas eu esqueci de prepara-lo pra partir. E então, um dia antes dele morrer, eu tive que ir até o hospital onde ele estava internado, sentar no chão com ele e dizer pra ele que ele podia ir.  Que ele não precisava sofrer aquilo tudo, que eu entendia e que ficaria bem.  Como se eu tivesse que convence-lo a não lutar mais contra aquela dor que o fazia nem me olhar direito mais.

E então ele se foi no outro dia, antes que eu voltasse a visita-lo.  Foi nossa despedida. E a última coisa que fiz foi dar um beijo na cabeça dele e dizer “obrigado”.

Eu sou ateu, vocês sabem. Mas hoje eu queria ser o cara mais religioso do mundo só pra acreditar que ele está em algum lugar que ainda vou encontra-lo.

E porque eu estou escrevendo isso? Porque eu quero pedir que vocês nunca percam um minuto do tempo com seu animal de estimação imaginando a morte dele. Vai doer, e vai ser pior do que você pensa. Então não pensa.

Eu pensei. Muitas vezes, todos os dias. Me torturei anos por algo que eu não podia dimensionar, programar e nem evitar.

Eu daria um braço só pra ver ele correr mais uma vez com o brinquedinho na boca me pedindo pra tentar tirar dele.

Bom, eu sempre disse que eu era ateu. Ele nunca me disse nada. Então…

Vai com Deus, filho. E me espera. “Pai já vem”.

RicaPerrone

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Cara a Tapa

Cara a Tapa

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Eu?

Eu acho Coca melhor que Pepsi. Gosto de Zezé e Luciano. Adoro pagode, meus grupos preferidos são o Sorriso Maroto e o Molejo. Minha escola a Mocidade. E se você perguntar “qual? A do Rio ou de SP?” eu quero te dar um soco.

Prefiro mata-mata, não sou mais o mesmo torcedor do SPFC de 15 anos atrás, mas serei sempre no mínimo louco por este clube.

Torço pra seleção. Pra caralho.  Tipo igual torço pro meu time na Libertadores.  Sim, sou minoria.  Mas prometo não fazer uma ONG por isso.

Acho esquerdista fofo. A causa é nobre, o argumento que o motiva idem. O desenrolar da sugestão é absurdo e os resultados onde foi aplicado a idéia deles é uma tragédia. Logo, ser de esquerda pra mim é optar pela teimosia. Ou burrice. Vai de cada um.

As palavras acima não indicam que eu ache os ideais da direita bons. Apenas menos imbecis.

Respeito a burrice. É involuntária. Não respeito quem apoia bandido. É caráter. Logo, pra mim, toda pessoa que está abraçada ao Psol, ao PT ou a qualquer condenado é um tremendo filho da puta.

Porque só PT e Psol? Porque não conheço outros partidos que tenham torcida, paquitas e que unificam o apoio ao crime de forma oficial.  O Freixo abraçou o Lula na quarta, pediu justiça pela amiga Marielle  na quinta.  Isso pra mim o torna um hipócrita.  É pela justiça ou pelos amigos?

Entre uma cabra e o Jean Willys, eu prefiro discutir com a cabra.

Rio ou São Paulo?  Rio. Pra caralho.

O Bolsonaro? Não sou paquito, nem odeio o cara. Conheci em ambiente familiar, com os filhos, em casa. Sujeito engraçado, gente boa. Não significa que tenha o mesmo ideal político que eu. Mas eu não odeio quem não me roubou. Só talvez discorde.

Se votaria nele? Depende do adversário. Mas ele não é nem de longe minha última opção.

No PT? Jamais apertei o 13. E não fiz isso porque “sabia que eram bandidos”. Fiz porque sabia que era mentira. É diferente. Meu PT agora é o Psol. A mentira adotada pela classe artistica maconheira hipocrita da vez.

Sou liberal. Só que eu só consigo explicar isso pra quem não é militante. O militante é quase sempre um imbecil. Ele não pondera e nem ouve. Só grita.

Aborto, maconha, cocaina, jogo, arma. Pra mim TUDO pode ser liberado. O que não significa que esteja a venda nas Casas Bahia. Significa que ha POSSIBILIDADE de dentro de alguns pre requisitos você ter de forma legal.

Estado mínimo. Por mim privatizaria até o último orelhão do país. Aliás, simpatizo com as leis americanas que dão aos estados o poder de se administrar sob as proprias leis abaixo de um estado maior.

Acreditei muito no Brasil. Briguei por ele, fiz papel de Pacheco e otário. Após a Lava Jato ser exposta e ver a reação do povo brasileiro eu desisti. Hoje não só moraria fora como pretendo morar.

Não acho que todo mundo que faz algo errado no Brasil é totalmente culpado. Simplesmente porque existem sistemas que OBRIGAM a pessoa a fazer merda pra ter o que ela deveria ter por meios limpos. Se o rio está sujo e você tem que atravessar, você se suja. Ou fica do outro lado.

Eu odeio o politicamente correto. E mais ainda o fato de sermos enorme maioria e permitirmos que a gritaria desse bando de frustrado seja mais alta do que nosso bom senso em saber o que é ou não um exagero.

Enfim, entre Bolsonaro e Lula, votaria no Bolsonaro.

Raí ou Socrates? Rai, é claro!

Intervenção militar? Quero não. Mas prefiro a ditadura militar do que ser Venezuela ou Cuba.

Acho que transar com meninas de 13 anos tendo 40, crime. Um absurdo! Pena que a mídia só se revolta quando convém.

Não tenho medo da Globo, nem a odeio. Lamento pela emissora covarde e lacradora que ela virou.

Dou nota 10 pro Zico. Dou 4 pro Juninho, 6 pro Bolsonaro, 0 pro Lula, 2 pra Dilma, que tem o mérito de ter chegado ao poder sendo extremamente limitada. Quase um milagre. Ou, no caso, uma indicação de Judas ao povo de menor discernimento.

Agora você já me odeia ou gosta de mim. Mas eu escrevi tudo isso porque outro dia alguém me disse que se eu queria perguntar no meu programa sobre tudo isso e expor as pessoas a opiniões que lhes tirariam da zona confortável de não rejeição, eu devia ter a coragem de fazer o mesmo.

Concordo.

Ah! Uso “porque” de uma só maneira em tudo que escrevo há mais de 10 anos. O motivo disso é um texto antigo que nem tenho mais de alguma repercussão na época do Orkut onde eu dizia que a lingua portuguesa não é “rica”, mas sim, como quase tudo no Brasil, “burra e desncessária”. Desde então disse que não separaria mais os “porques” e que isso não mudaria em absolutamente nada a leitura. Mas eu sei a regra. Embora não pareça, eu estudei e não cheguei aqui sendo amigo do editor ou dando a bunda pro diretor. Fiz sozinho e trabalhando.

Acho que agora você pode se inscrever no Cara a Tapa e saber o que pensa o entrevistado já conhecendo quem de fato é o entrevistador.

E principalmente, note pelos entrevistados, ver opiniões absolutamente contrárias as minhas no canal.

abs,
RicaPerrone

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Pessoais

Feliz dois mil e hexa!

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Em 2018 eu quero que você reuna seus amigos o máximo de vezes que puder. Que faça churrascos com muita cerveja, risadas sem noção e futebol sempre que puder. Quando não puder, dê um jeito.
 
Não precisa ser a picanha mais cara. Se não der, pega aquela de 30 reais. Tudo bem. Compra latão, tanto faz. Mas junta gente, brinda coisas sem sentido, abraça os amigos e promete qualquer merda mesmo que seja só um conhecido.
 
Sorria. Aliás, gargalhe. Morra de rir.
 
Não brigue com seus amigos por causa desses filhos da puta da política. Discuta, mas quando a chapa esquentar, muda de assunto. “E o Corinthians?!”. Pronto, foda-se o Lula, o Bolsonaro, o Doria….
 
Se veste de amarelo. Pinta a cara. Curta a Copa e não seja um idiota que reclama do pão e circo no mes de junho. A gente precisa de circo pra vida ter sentido e pão pra ela continuar. Uma coisa não exclui a outra.
 
Se juntas pessoas para celebrar, cantar o hino, sentir orgulho e confraternizar não é motivo para parar o país, cancela a porra do Natal.
 
Vai ter hexa! Tem que ter.  
 
Não importa onde, mas sempre com quem. E se for com os nossos, o lugar tá ótimo.
 
Um ano cheio de muita risada gostosa, amigos leais, romances surreais, jogos memoráveis do seu time, churrascos com mais pão de alho que picanha e, ainda assim, os melhores churrascos do mundo.
 
Pára de esperar ficar rico. Ser feliz custa menos de 100 reais.
 
Um 2018 do caralho pra vocês! Inclusive pra quem vive aqui só pra me encher a porra do saco.
 
Aos meus, em especial, e quem é sabe, um beijo enorme e obrigado por mais um ano de amizade e tudo que citei acima. Eu tenho os melhores amigos do mundo. Agora pega o cavaco, bota a cerveja pra gelar, acende a churrasqueira chega de papo!
 
Feliz 2018
abs,
RicaPerrone
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