Fantasmas não sentem vergonha
Eram cerca de 3 mil os “sócios” que surgiram da noite pro dia em São Januário. Com os votos deles, Eurico se tornou novamente presidente do clube aos berros de que, berrando, o respeito voltaria.
Em campo, no estadual, até que os berros funcionaram. Mas as coisas não são mais como em 1990, e Eurico começa a perceber isso da forma mais dolorosa possível: o vexame.
Sem poder apagar um refletor, ir ao tapetão, tentar adiar um jogo ou arrumar um efeito suspensivo, Eurico assiste sentado as derrotas do Vasco em um São Januário vazio, triste, gritando por milagre e não de orgulho.
Eurico é antigo, como o Vasco, como seu estádio, como seu modelo de gestão, como tudo que hoje cerca o clube. Antigo, velho, ultrapassado. Não funciona mais.
Cai Doriva? Provável. E depois?
Eurico fará do Flu x Vasco no Maracanã seu clássico possível (lado da arquibancada). Anotem. E pior: pode (e deve) perder este também.
Eu sinto pelos vascaínos que já existiam antes do “incrível mes” onde brotaram sócios e que provavelmente tentaram mudar o clube.
Mas fantasmas não sentem vergonha. Então, tanto faz pra “maioria” em São Januário.
abs,
RicaPerrone