Odeio fatos. São contraditórios, incontestáveis, irritantes.
Oswaldo Oliveira nunca me convenceu, sua liderança é calma, em tom amistoso, quase deixando dúvidas sobre o que está tentando fazer.
Não deve funcionar, porque os argumentos todos dizem que nada disso funciona.
A torcida vaia, o centroavante que ele inventou é um cone com rodinhas, mas ele segue lá, teimando, até quando todos duvidam do sucesso.
E aí, sem mais nem menos, o contestável torna-se senhor da razão.
Hoje, após um “massacre” no Vasco e vindo de outro no Flamengo, não tem um sujeito no mundo, por mais botafoguense e depressivo que seja, capaz de contestar o que foi apresentado.
Venceram sem a vantagem. Venceram no contra-ataque e depois contra uma retranca terrível.
Deu Botafogo de todos os jeitos, incontestável, quase nem parecia o Botafogo.
Cheio de segurança em campo, postura de vencedor desde o primeiro minuto. Um time com fé, não com síndrome de coitado.
Um Botafogo que dá esperança, não por ser brilhante, mas por se impor. Aquela derrota pro Flamengo no turno pode ter sido o grande ponto de partida pra um time mais marrento, menos “mauricinho”, vencedor.
Com a elegância que os acompanha desde sempre, mas enfim com cara de mau, o Fogão conquistou o Rio primeiro em 2013.
Incontestável.
Daqueles que odiamos adorar não poder mais contestar.
Por uma semana, eu sei. Que seja.
São fatos. E contra eles, apenas a nossa insuportável capacidade de ir do céu ao inferno com o futebol.
A favor deles, o contrário.
abs,
RicaPerrone