Feito time grande
Aguirre parece ter entendido bem rápido o maior problema do São Paulo. O time dele não tem ainda nenhuma invenção tática radical, nem teve tempo pra isso. Mas tem vergonha na cara.
De alguma forma o uruguaio conseguiu tirar o elenco da zona de conforto e os fez entender que o resultado pode até não vir, mas a briga tem que existir.
O time que perdeu pro Corinthians ostentava uma dignidade incomum nos últimos anos. E ainda que com nova derrota, conseguiu sair de campo sem ser vaiado.
O de ontem foi ainda melhor. Com um a menos, agrediu. Quase venceu. Quando sofria agressão, revidava. Não ficou com medinho de cara feia de argentino e deixou a classificação bem encaminhada pro jogo da volta em casa.
Eu não vou perder tempo falando da meia duzia de argentinos escrotos que chamaram nossos torcedores de macacos e cuspiram neles. Até porque também temos meia duzia de escrotos em nossa torcida, como em todas.
Mas como sempre na Argentina é pontapé, torcida em lugar ruim, catimba, pressão, todo o perrengue extra-campo padrão de um jogo lá.
E como digo há anos, chiliques de Rizeks a parte, o brasileiro precisa sim aprender que respeito é algo que se dá a quem também te respeita. Aqui vai ter tapete vermelho, escolta, torcida isolada, zero pressão e conforto. E se um dos nossos der uma cabeçada no rival, será expulso.
Regra é regra desde que seja contra nós. E enquanto nossa mídia achar o máximo a catimba e a “malandragem” argentina, temos que brigar em campo apenas.
No Morumbi a gente conversa. E se não quiser conversar, a gente também topa. Mas do jeito que for, manda quem pode obedece quem tem juizo. Tenha juizo, Rosário.
Aqui, não!
abs,
RicaPerrone