Futebol é no campo
Atrapalha, ajuda, é verdade. Mas futebol sempre foi disputado no campo e atrelar resultados a administração, honestidade e transparência nem sempre é muito inteligente.
Basta ver que a maioria dos grandes clubes do mundo tem em seus momentos mais gloriosos algumas de suas diretorias mais corruptas e/ou incompetentes. Tal qual a CBF, hoje muito menos desonesta do que já foi um dia, ganha menos títulos com a seleção do que ganhou um dia.
Ajuda, atrapalha. Mas não é determinante.
O Cruzeiro entrou em campo atolado em uma crise que envergonha seu torcedor. Ao deixar o Mineirão o cruzeirense sentia orgulho. Foram 90 minutos, nada mais.
Um baile? Não chega a isso. Mas uma paulada muito bem dada. Com golaços, raros sustos e um cenário de deixar atleticano assustado.
Nem a dignidade de um destempero o time do Galo teve. O que pra muitos é virtude pra mim é sintoma de fragilidade. Ninguém perde clássico, toma olé e sai de campo sem nem fazer uma falta mais dura, perder a cabeça com um companheiro ou algo assim.
Uma noite de “tanto faz”. Outra de “faz de conta”.
O Atlético não teve vergonha de aceitar a derrota. O Cruzeiro teve vergonha do que falam dele. Entrou pra rasgar, pra mostrar que ali, em campo, ninguém tem nada com isso.
E o Galo, idem. Porque era isso que parecia. Que ninguém ali tinha nada com isso…
RicaPerrone