Ganham todos, até o Galo!
O Cruzeiro na série B significaria mais do que a alegria atleticana. Aliás, por mais que seja natural a euforia e a vontade de derrubar, temos que ser bem realistas em notar que é hora do torcedor do Galo se divertir um pouco mais com seu time e menos com as derrotas do Cruzeiro, não acham?
O Galo é grande demais pra ficar focando toda comemoração que tem nos erros do rival. E o Cruzeiro, um dos maiores das Américas, não poderia cair por um ano ruim.
Queda pra série B serve, na maioria dos casos, pra pegar um time que anda brincando na corda bamba e ver se dá aquela mexida. Funciona com quase todos. Quase.
O Cruzeiro não precisa disso.
Não é porque em 6 meses tudo deu errado que um time que briga em tudo que disuta em altíssimo nível precisa rever todos os seus conceitos. Fase é fase, o futebol é o que é por isso.
Hoje, onde todos achavam que o Galo faria desta “decisão” uma festa, deu o contrário.
Até porque, sejamos bem práticos, até pro Galo seria uma tragédia a queda do Cruzeiro.
Eu odeio aquele papinho de comentarista politico que diz assim: “Ah, mas que maravilha o Sport, a Ponte e o Nautico na série A. Ah como faz bem ao futebol…”.
Sou prático, desculpa. Não faz diferença nenhuma. Quando eles caem e sobem só a torcida deles nota.
Nada contra, mas se somar os 3 não dá o Cruzeiro de férias em retorno de mídia, marketing, importância, etc.
O Cruzeiro na série B teria apenas um significado: O futebol mineiro tentará, pela milésima vez, acreditar que o Galo “agora vai” e só.
É pouco. O Galo é o que é também por ter um rival deste tamanho. Sem ele, azar do Galo, azar de Minas, azar do futebol brasileiro que perde um duelo importantíssimo num estado de alto poder de consumo.
O Cruzeiro poderia até “merecer cair” pela campanha que fez. Mas ele não “precisava cair”.
Talvez por isso não tenha caido. Talvez por sorte. Talvez por acaso.
Seja como for, sorte nossa.
O Brasileirão sem Cruzeiro é bem menos interessante.
Repito: Até pro Galo.
abs,
RicaPerrone