Hoy, se puede!
E não precisa nem olhar a camisa. O futebol chegou num nível de competitividade, força, tática e inteligência em campo que qualquer time é capaz de enfrentar qualquer outro time, seja do nível que for.
Quando falamos de seleções, especialmente as que chegam a uma Copa, não existe mais o timinho, o timaço. Não existe na verdade quase nada além da mudança de cores nas camisas.
Todos jogam igual, correm tanto quanto e a técnica, onde se diferencia, não é mais o fator determinante do jogo. É coletivo, compacto e, depois, se der, técnico.
Peru e Bolívia fizeram um jogo com as estatísticas idênticas as de um Brasil x Argentina. Mesma troca de passes, mesmo percentual de acerto, chutes a gol. É tudo muito parecido.
Não gosto. Acho que nos prejudica, já que nosso diferencial sempre foi técnico. Acho que a FIFA tinha que rever regras com o passar dos anos. Mas por outro lado eu não acho que o Chile na final da Copa América será menos favorito do que qualquer outro, seja Brasil ou Argentina.
Eu não acho um absurdo perder pra Colombia. Não entendo como “ganho” o jogo de sábado.
Porque se tem uma coisa que o futebol melhorou nos últimos anos é o equilibrio. Você pode não ter 70 paraguaios bons de bola. Mas hoje tem 7. E bastam 11 pra formar um time.
Antigamente o Peru não tinha um jogador de qualidade. Hoje tem 4. E com 4 nesse futebol coletivo ele iguala qualquer partida.
Mais do que reclamar, acho que está na hora de revermos também a forma que analisamos futebol e o que esperamos de alguns times.
Ou você duvida a Colombia tirar a Argentina hoje?
abs,
RicaPerrone