Irresistível
Terei a audácia de dizer que nem mesmo o mais recalcado rubro-negro desejou o gol do Atlético Nacional no fim. Por mais divertido que seja sacanear um rival, as vezes o futebol nos coloca em situação delicada.
Quando caiu o avião da Chapecoense a vida nos esfregou na cara que por mais que a gente tente negar, amamos o futebol e não apenas nosso clube. E amar o futebol, em 2017, é querer bem o Botafogo.
Aqueles minutos finais do Atlético Mineiro em 2013, onde só cruzeirenses torciam contra. Aquele time que perde dois expulsos injustamente e garante a vaga na raça. A gente se identifica, torce a favor.
O Botafogo ia cair. Não caiu. Ia ser chacota na Libertadores. Passou de dois grandes em mata-mata vindo de férias enquanto eles estavam em atividade. Entrou no grupo do campeão, com Estudiantes, e novamente… “fudeu”.
O campeão caiu, o Estudiantes tá fora. Quem vai é o Botafogo, mais uma vez.
O Flamengo de todo investimento, multidão e obrigação, caiu. E o time que sabe que precisa correr o dobro pra ser competitivo, correu.
É histórico, épico, grandioso. É redentor, merecido, como que uma manobra que coloca as coisas em seu devido lugar.
E o seu devido lugar, Botafogo, você sabe… é esse.
abs,
RicaPerrone