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Jogo de gente grande

O Santos foi ao Mineirão encarar o que ainda não conhecia em 2010. Um time grande, casa cheia, pressão forte e um treinador, único, diga-se, que foi pra cima do Peixe ao invés de ficar se borrando de medo.

Deu Galo, como poderia ter dado empate, poderia ter dado Santos, ou até goleada do Atlético. Jogo aberto, jogo de gente grande, aquilo que o futebol tá sentindo falta hoje em dia.

O Peixe não tinha Neymar e Léo. Com a saida do atacante perdia, obviamente, uma dose grande do seu poder de improviso.

O Galo tinha Luxemburgo, repito, único técnico “macho” o suficiente pra meter o time em cima do Santos e não na retranca. Venceu por isso, e acima de tudo, mais do que vencer, fez o torcedor sair orgulhoso de campo.

Junior, que no SP já era “aposentado”, jogou de lateral. Fez tudo que tinha que fazer, criou chances e  a jogada do segundo gol. Um meio com Ricardinho, Fabiano, Correa e Zé Luis. Destes, apenas um fica preso 100%, os outros todos jogam.

Enquanto muitos fariam, e fizeram, uma retranca besta, o Galo peitou o jogo e topou o desafio. Futebol de gente grande é quem faz mais gols, não quem entra só pra não tomar.

O Peixe teve chances, jogou uma boa partida, fez bom uso da técnica nos gols e nos lances de ataque. O Galo idem.

Mesmo sem ter tanta qualidade no elenco, jogou pelo chão, criou boas jogadas, driblou, arriscou.

O resultado é perfeitamente reversível, e naturalmente o Santos ainda é favorito por ser o melhor time do pais hoje. Mas, se mantido o esquema de “peitar” o Santos, a partida se torna aberta.

Parabens aos dois. Belíssimo jogo, onde Muriqui, Ganso, Robinho e Tardelli jogaram muito bem.

E a torcida do Galo hein? Que espetáculo…

abs,
RicaPerrone

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