Lendas 2×0 Cruzeiro
Se fosse em Governador Valadares, contra o América MG, mesmo com o público do jogo de hoje, o Cruzeiro entraria em campo olhando do alto e ganharia o jogo.
A única coisa discutível após o jogo é se foi pênalti. Tanto faz, Dagoberto perdeu. Mas não, não achei pênalti. Achei jogada pra 2 lances, talvez. No máximo.
As lendas da Libertadores mantém viva não apenas a competição, mas também alguns clubes da América do Sul, que hoje dependem de raríssimas jogadas individuais ou de pressão e pedrada de torcida para conseguir igualar o jogo com os brasileiros.
Mas conseguem. Parte pelo peso de suas camisas, parte pela lenda que carregam com elas.
O Defensor é um time pra lá de comum. Sem torcida, sem ambiente, um jogo daqueles que desvaloriza a Libertadores. Mas é “uruguaio”, e é “lá”. Pronto, falamos 3 palavras que, juntas, ainda nos causam alucinações.
E não pense que reclamo disso. Pelo contrário. Acho que não fosse o fator “lenda” o futebol sulamericano seria uma série C do Brasileirão há anos, e a Libertadores estaria quebrada, como aliás, até dizem estar pelo que paga ao campeão.
Não lotamos estádios pra ver o adversário difícil. Lotamos “porque é Libertadores”. E então, sim, vivemos de lenda.
Se o Cruzeiro jogar a volta sem notar que é Libertadores, que são uruguaios e que sabem “catimbar”, faz 4×0 nos caras. Mas a graça é essa.
Futebol é futebol. Libertadores é Libertadores.
Não que isso faça algum sentido. Mas é a mais pura verdade.
abs,
RicaPerrone