Fui ao Pacaembu, sozinho, neste frio, pra ver Santos x Botafogo. Loucura. Eu jurava que seria um jogão, mas esqueci que o Ganso e o Jobson não estariam em campo. Errei na previsão, errei na dose de otimismo e, principalmente, na hora de ir embora.
Aos 43 do segundo tempo sai feito um louco do estádio e entrei num taxi. Sentei no banco e ouvi no rádio: “Gooooooooooolaço!”. Eu mereço? Mereço… quem manda querer fugir do transito?
Coisa de louco meu azar.
Mais louco foi o Joel, que tirou o Maicosuel, único lúcido do ataque carioca.
Enlouquecidos, no intervalo, os santistas xingaram o Keirrison quando ele subiu para as tribunas.
E é loucura acreditar que o Santos ainda é aquele “super Santos”. Com Neymar, Arouca e mais nada, virou um time comum. Totalmente dependente das maluquices do garoto prodígio para achar o gol.
Quando atacou, fez feito louco. Pouco consistente, desorganizado, esperando uma jogada individual.
O Botafogo veio ao Pacaembu se defender e achar um gol. E quem é louco de duvidar da estrela do Joel?
Defendeu, defendeu, defendeu até que, no fim, enlouqueceu sua torcida.
Abreu, o loco, se arrastava em campo. Já tinha torcedor até reclamando da sua lentidão. Mas, era dia de louco.
Enquanto o burro aqui saia do estádio, Loco Abreu assinava uma pintura.
No finalzinho, quando quem pulava enlouquecida esperando o gol salvador era a torcida do Santos, eis que surge o camisa 13…
E a euforia vira decepção, e a decepção vira euforia.
Loucura de poucos, tristeza de muitos no Pacaembu.
O Santos tinha Robinho, André, Ganso e Wesley. Não tem mais.
O Botafogo tem Loco Abreu, e hoje bastou.
abs,
RicaPerrone