Macro, micro e mico
“Mas como pode o Cruzeiro endividado comprar um time desses? Que loucura! Que irresponsabilidade!”.
Quem não ouviu isso em janeiro?
Pois é. Os analistas de futebol normalmente não tem contato algum com o comercial e portanto acham que dinheiro é uma coisa simples de ganhar. Que reestruturar marcas grandes e equilibrar contas é uma questão de gastar menos do que ganha e ponto final.
Isso funciona na sua casa quando sua mulher vai a feira. No futebol não é bem assim. Vide Cruzeiro 2018.
Eles investiram, não gastaram. São coisas diferentes que teimam em misturar pra dar porrada. Compra-se um time capaz de fazer o clube ganhar dinheiro e portanto melhorar sua situação financeira.
Se você tem 50, gasta 50, perde tudo acaba o ano com a mesma dívida e o mesmo valor da empresa. Se voce tem 50, investe 100, ganha 150, você faturou e ainda cresceu sua marca.
O Cruzeiro ganhou, até aqui, 40 milhões de reais em premiação por ir adiante nos mata-mata. E você acha mesmo que foi um surto investir num grande time?
Acha que bom negócio está fazendo o time grande que se apequena e se enxerga menor do que de fato é para fechar o ano no empate se apequenando enquanto marca dia após dia?
Título e grandeza é pra gente corajosa. A covardia e o manual básico de sobrevivência não levam ninguem a nada brilhante.
O Cruzeiro investiu. Não gastou.
abs,
RicaPerrone