Eu sei que você, palmeirense, se irritou com ele durante os últimos meses. Eu mesmo não entendi bem algumas declarações e já o teria demitido se dirigente fosse.
Mas não sou. Ele ficou e, com aquela fórmula antiga, porém ainda competente, está de novo numa final de mata-mata.
Você sabe, como eu e todo mundo, que este time do Palmeiras não é um time pra ser campeão de nada. É comum, fraco, não tem grandes nomes e joga um futebol sofrível.
Num campeonato mais longo, nem a pau. Num mata-mata, onde camisa tem um peso gigante, lá está ele.
Com todos os méritos, afinal, não é “culpa” dele não ter encontrado nada melhor no caminho.
Fato é que Felipão tem o dom de juntar 11 jogadores, muitos deles tecnicamente fracos, e mesmo assim fazer funcionar.
Já desconfio que com ele só funciona mesmo se não for um time técnico cheio de personalidade. É preciso ser operário pra funcionar com Felipão em clubes, e o Palmeiras tem, hoje, um time comum. Mas dedicado.
Acreditando na filosofia que sempre funcionou, chegaram de novo.
Daqui pra frente ainda tem futebol. Mas pouco importa. A camisa do Palmeiras está de novo numa decisão. Isso basta pra coloca-lo na situação de favorito.
Felipão pode não ser o melhor técnico do mundo, muito menos o mais gentil. Mas o dom de transformar o mediocre em resultados ele tem.
E de novo presta este serviço ao Palmeiras, que hoje não pode exigir show. Apenas resultados.
É urgente. E sendo urgente, não importa como. Importa que chegue.
Chegou.
abs,
RicaPerrone
