Carnaval

Meu malandro favorito

Mesmo as impressionantes obras do traíra genial – embora me convençam – não foram capazes de me fazer sair daquela Sapucaí com nada mais forte na memória do que o povo e o Salgueiro juntos no coro do malandro.

Foi meu pequeno “Ita”, ja que não era frequentador quando o original aconteceu.

Não decido nada, logo, até a autista Beija Flor pode ganhar. Fosse meu o poder de coroar, o malandro sairia com aquele sorrisinho maroto e a taça debaixo do braço.

Não porque tenha sido “melhor” do que as outras, mas porque foi um desfile de Salgueiro, com samba de Salgueiro, cores do Salgueiro, enredo de Salgueiro e até erros de Salgueiro.

Malandro que é malandro não muda pra agradar ninguém. Malandro é o Salgueiro, que perde sendo Salgueiro.

Agora durmo, até porque não te protejo. E quando acordar, na quarta feira de cinzas, pouco me importa o que dirão as notas.

O que vi na dispersão quando o malandro enfim parou, nunca tinha visto em míseros 19 anos de sapucai.

Obrigado Salgueiro. Lavaste minha alma verde e branca invejosa.

abs,
RicaPerrone

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo