Flamengo

Moneyball

Já assistiu o “Moneyball” do Brad Pitt?  É a impressão que o Flamengo me passa.

Americano adora estatística e em seus esportes isso costuma funcionar. Em futebol, nunca funcionou pra muita coisa. Mas insistem, pois é o máximo que um executivo pode entender de bola. Transforma-la em números.

Não sei o número que determina o que é mais rentável. Estar bem e ter casa cheia ou jogar pra públicos razoáveis em troca do fator “visita”.

O Flamengo leva o que leva de gente a Brasília porque é visita. O torcedor local não sabe quando e nem se volta. Então, aproveita. E o clube, com preços absurdos, abusa da paixão e não lhe devolve nada em troca.

Marketing, gestão, negócio.

Que negócio é esse que eu cobro pela sua paixão e pela sua fé e não te prometo nem um lugar no céu?

Uma vez um jogador muito famoso conversava comigo sobre a Libertadores de 2008.

Entre os times que ele tinha “medo”, colocou “o Flamengo no Maracanã”.

Respondeu sobre Grêmio, Fluminense, Santos, mas o Flamengo atrelou ao estádio.

O “Flamengo no Mané Garrincha” não diz nada. E eu não estou insinuando que este time ganharia do Grêmio no Maracanã. Mas afirmo com todas as letras que o Flamengo é um time que joga no Maracanã, no Rio de Janeiro, e é lá que fica a sua “casa”.

Engana-se quem acha que “jogar em casa” é jogar com torcida. Ela é parte disso. Mas até torcida fora da cidade do clube é diferente.

Flamengo, Maracanã e a massa ficam no Rio de Janeiro. O Mané é uma visita, um acaso. Virou regra.

O Flamengo é só o Flamengo. E então, com este time, se torna bem mais frágil.

Futebol tem mística, lendas, mitos.   Não se faz uma estatística, um orçamento e colhe o resultado. Se fosse assim, seria tão popular quanto os outros esportes. Mas não é. É futebol.

Sem receita.

O Flamengo é mais Flamengo no Maracanã.  E neste momento tudo que puder ajudar o time a ser menos vulnerável, acho justo.

Mas se 3 ou 4 milhões de renda valem 6 ou 8 pontos que talvez tivessem sido somados “em casa”, ok.

Eu gosto de futebol. Comento futebol. Quem faz conta é gestor.

O problema é que jogador não toma decisões em empresa de contabilidade. Mas o contrário, sim.

Viva o “bom e barato”.  Por enquanto, só “barato”.

abs,
RicaPerrone

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