Só negócios
Especialistas em futebol formados em salas de aula, aprendam! Torcedor não é o consumidor comum que o mercado dos novos gênios do futebol insinuam ser. Os pilotos de Flight Simulator seguem surpresos com a diferença do virtual pro real.
E vão continuar assim, até que subam nas arquibancadas e aprendam uma coisa simples: Ninguém pode entender DE futebol sem entender O futebol.
Se pra você é resultado, um negócio ou “só um esporte”, não há nenhuma chance de um dia você conseguir algo relevante através dele.
Tentei por anos e anos aprender futebol. Estudei tática, fiz curso, o caralho! Nunca sai da mesmisse. Até que resolvi tentar entender o futebol, e depois, quem sabe, “de futebol”.
Futebol é algo que leva 50 mil pessoas a um estádio “longe e sem metrô” pra ver um jogo que não vale porra nenhuma. Meramente para ver sua paixão.
Pra centenas de novos diretores de terno e gravata, eles querem Wembley, cadeirinha, pipoca a 10 reais, pobre longe do evento, entre outros surtos. Mas não. Eles querem só pagar o que podem e devem por um evento comum e que tem toda semana.
A 10 reais, com beneficios para sócios torcedores, o Morumbi encheu de novo. E desta vez não “precisava”.
Claro que vai rolar xiliquinho, mas a real é que estamos falando de uma das mais acomodadas torcidas do país. E lá estavam, pelo preço, por não se sentirem roubados, não pelo adversário, nem pela relevância do jogo.
Mais do que com técnicos, reforços ou a retomada neste fim de ano que o coloca até como favorito na Sulamericana, a grande vitória do São Paulo em 2013 foi ter mostrado pro futebol brasileiro quanto o torcedor QUER e acha justo pagar por um ingresso.
Fluminense já seguiu. Tem jogado pra 30, 40 mil. Cobra 20, o dobro do SPFC.
E veja você, quem diria? Os “times de playboy” do país deram espaço pro povão. E os “time do povo”, privilegiaram “quem pode”.
abs,
RicaPerrone