Neymar e o PSG
O PSG não é nada.
Nada bobo, nada pobre, nada no cenário histórico do futebol e nada pra enorme maioria das pessoas que amam futebol. O PSG não é causador de emoções, não carrega multidões, logo, é um negócio com um fundo de paixão mínima, não o contrário.
Neymar é o Maradona. O PSG é um Napoli. A brutal diferença é que o Napoli era um clube, o PSG é um negócio.
Se Neymar fará do PSG um campeão da Champions? Possível. E se fizer, se torna uma referência, um ídolo de muitos, o maior da história de “ninguém”. O estádio não pulsa, não tem gente envolvida pra fazer daquilo grandioso. Será um negócio de sucesso, jamais uma história de futebol, paixão, suor e lágrimas.
É frio. 5% dos franceses torcem pro PSG. É a terceira torcida no país, com 1% a mais do que o Saint Etiene.
Dá pra recusar?
Não me refiro a dinheiro. Neymar é ousado, sabe o que quer, onde ir, onde se desafiar. Mas e o campeonato?
Passará 90% do ano jogando o insignificante campeonato Francês. Se for eliminado da Champions, ano morto. Pra ser melhor do mundo ali, só campeão de Copa ou Champions.
É mais que um desafio. É a uma escolha entre o futebol com sangue e o futebol como negócio simplesmente.
Dar ao Messi o protagonismo de ser a estrela de um gigante, deixar o Barça sem tê-lo superado e encarar que vai pra um clube que é menor que ele. Neymar movimenta mais gente do que o PSG. Neymar é mais relevante ao futebol que o PSG.
O clube está tentando comprar grandeza. Neymar, vendendo a dele. A possibilidade do equilíbrio do negócio ser a desvalorização do Neymar e valorização do clube é enorme. É até tendência.
Mas esse moleque é tão diferente, mas tão diferente, que talvez saiba o que está fazendo. Se é que o fará de fato.
abs,
RicaPerrone