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São Paulo

Devolva-me

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Era dezembro de 2008 quando o São Paulo conseguiu um improvável tricampeonato brasileiro contra o Goiás em Brasília.  Naquele dia o clube engoliu todos os seus sapos afim de comemorar e tripudiar nos demais. A sujeira foi pra baixo do tapete, nunca mais saiu, e desde então o “soberano” foi a “soberbo”, até virar este barco a deriva que hoje briga pra não afundar.

Eu, você, o Juvenal, o Leco, tanto faz. Não houve saopaulino disposto a rejeitar a idéia estúpida de que no futebol brasileiro quem está por cima lá ficará.  Tem que ser mais do que bairrista, talvez ignorante mesmo.  A história nos diz que entre os grandes há sempre uma alternância de poder. E que acreditar que ela acabou justo na sua vez é empáfia, soberba e falta de noção.

Algo que nem o mais tricolor dos tricolores negaria é a falta de noção do clube/torcida naquele final de década.  Após mundial, Libertadores e 3 brasileiros, lá dentro ninguém acreditava que era possível regredir.

Esquecemos rapidamente das vacas magras assim que ganhamos o primeiro bom prato de filé. Dos humilhantes 7×2 pra Lusa e pro Vasco, dos anos e anos sem títulos, do Morumbi em reforma e o time em campo que beirava um catadão de série B. Mas aconteceu. Tal como esquecemos que o time campeão do mundo chegou a Libertadores jogando pra 300 pessoas diversas vezes no Morumbi.

O futebol nos causa amnésia.  E com ela vem uma chuva de problemas como esquecer quem você foi, quem você queria ser e o que te trouxe aqui. Viramos “o clube da raça”, usando uma camisa vermelha escrota que manchava o símbolo.

Raça? Vai pra puta que pariu. O São Paulo nunca rasgou cara na grama pra ser campeão. Sempre conquistou seus títulos jogando futebol bem demais e não apenas suando mais que os outros.  Não somos o inacreditável, embora todo clube assim se veja quando convém. Somos os merecedores, os conquistadores. Não achamos títulos, os construímos.

Éramos referência, clube de elite. Viramos o time da organizada violenta, que ainda por cima manda e-mail pra sócio torcedor.  Fomos pioneiros com organizadas, hoje “mato um, mato cem”.

O São Paulo não afundou de dentro pra fora. Afundou junto. Torcida, clube, diretoria, raízes, valores e identidade.

Talvez seja a hora de olhar pro espelho e aí sim apontar o dedo. O São Paulo errou quando perdeu a noção de quem era, não quando vendeu fulano, elegeu ciclano ou emprestou beltrano.

Eu, você, Leco, todos nós. O São Paulo joga limpo, bonito, não pisoteia em rivais, não rejeita o que assinou, tem honra em sua gestão e não ostenta ídolos que nos faltam quando precisa.

O São Paulo é grande e não grita pra isso. Somos um passe do Gérson, uma matada do Raí e um chute do Careca num Morumbi lotado de bandeiras tricolores, camisas brancas e pó de arroz.

O São Paulo vermelho que tem num carrinho de um volante, uma breve passagem do Kaká e uma expulsão do “ídolo” Luis Fabiano sua identidade não pode ostentar qualquer título, e menos ainda um lugar representativo na história do que citei anteriormente.

Seremos novamente protagonista. Mas antes disso é preciso ser mais São Paulo. Eu não reconheço você em campo, fora dele e nem mesmo na arquibancada.

Quarta-feira é dia de São Paulo na Libertadores.

Qual? Escolhe. Vá de branco gritar “ole ole ole” ou “mato um, mato cem”.  Peça futebol ao invés de raça. E não torça pra menosprezar o Palmeiras ou o Corinthians.  Torça pela volta, não pela reviravolta.

Somos grandes. Os maiores. E nunca pedimos esse lugar. Apenas o ocupamos sem contestações.

Voltemos.

A quem nasceu outro dia, compreensão. A quem viveu o São Paulo que me refiro, reflexão.

“Tuas cores gloriosas
Despertam amor febril
Pela terra bandeirante:
Honra e glória do brasil”.

RicaPerrone

Atlético MG

Saldo de compra e venda dos últimos 10 anos

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Nos últimos 10 anos os grandes clubes do Brasil alternaram momentos. Alguns em profunda crise, outros nadando em ouro, mas todos ainda tendo nas receitas de jovens uma grande parte do seu faturamento.

E portanto, considerando as temporadas 14/15 até a 23/24, fizemos um balanço de acordo com os dados do Transfermark sobre o fluxo de compra e venda de jogadores de cada um dos 12 grandes.

Claro que existem salários, luvas, “compras” sem repasse ao ex-clube por fim de contrato. Mas aqui consta apenas o que é valor final e oficial.

Quanto seu clube comprou e vendeu nos últimos 10 anos?

Algumas curiosidades sobre:

  • O Fluxo de compra e venda do Grêmio, somado a resultados, nos últimos 10 anos é muito bom.
  • O Fluminense segue vendendo suas jóias e comprando pouco tendo recentemente conquistado títulos em 2023.
  • O Flamengo é uma máquina de ganhar e gastar.
  • O Botafogo tem uma divisão de base terrível. Não gera quase nada ao clube.
  • O investimento do Vasco foi quase todo feito em 22/23.
  • A temporada de maior gasto foi a do Flamengo de 19/20, com 250 milhões em contratações.
  • A maior janela de vendas também foi do Flamengo em 18/19 com 483 milhões de reais.
  • Nenhum dos 12 grandes comprou mais do que vendeu no saldo dos últimos 10 anos.

Rica Perrone

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Atlético MG

Classificação Planejada 2023 – #18

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Todo ano aquela tabela polêmica que mostra o caminho dos clubes pra buscar 72 pontos e brigar por título.

Pra que? Pra você saber se um caminho foi mais fácil que outro ou não. Pra entender quem jogou mais partidas difíceis em casa ou fora e portanto compreender o que a tabela lhe ofereceu até aqui.

As tabelas não tem relação entre si. Cada tabela é pensada pro clube em questão apenas.

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São Paulo

Isso é futebol! O resto é esporte

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Nos acostumamos a fazer contas, analisar pontos e desempenho. Números, números e mais números. Parece até um esporte.

O futebol nos pega pelo ídolo, o momento, o imponderável, a expectativa de reverter o cenário em segundos. O futebol é um entretenimento que movimenta sentimentos e por consequência disso, dinheiro.

Não há dinheiro sem entretenimento. E para isso é fundamental o que muitos chamam de “loucura”. Ora, “loucura” é esperar que os de sempre entreguem mais do que o de sempre.

Ou pior: esperar que um parque de diversões sobreviva sem novas atrações, sejam elas tão boas quanto anunciadas ou não. A gente quer esperar algo melhor, mesmo sabendo ser improvável.

São 20 times. Só um campeão. Como podemos fazer os outros 19 serem interessantes, portanto?

Com ídolos. Expectativa, atrações, novidades, discussão, paixão.

Pra isso os maiores times do mundo jogam dinheiro pela janela contratando revelações que em sua maioria não dão certo.

O Real Madrid pode fazer 10 jogadores em sua base. Os dez teriam que ser campeões de tudo pra causar o impacto da chegada de um grande craque. E é disso que vive o futebol quando a vitória não é garantida.

Se é que algum dia ela foi.

James é expectativa, curiosidade, assunto, camisa, chegada, apresentação, euforia, oba-oba, talento bruto.

Se vai dar certo em campo, não sei. Gostaria. Até apostaria, pois acho craque. Mas quando o futebol brasileiro entender que a venda é de entretenimento e não de resultados, saberá que ele se pagaria mesmo se mal jogasse.

Como ainda não sabem, pode sair caro. Mas ainda assim, ver a torcida tricolor mudando o patamar da expectativa em horas é algo que o dinheiro compra. Se chama James Rodriguez.

RicaPerrone

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