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O bom e velho Tricolor

Após muitos anos de resultados, pouco futebol e arrogância (2007 – 2010), o Tricolor parece ter encontrado um caminho diferente. Ainda sem títulos, o Tricolor encanta, revela, emociona e trabalha mais do que fala. Se não é o ideal, é muito melhor e mais coerente com a história do clube do que vinha sendo.

Vamos tentar excluir do “papo” a história política do Juvenal x Oposição e ética.

Tudo tem explicação. Tinha quando camuflavam empáfia e péssimo futebol com títulos de pontos corridos, e tem agora, onde o São Paulo se posta em campo e fora dele como São Paulo.

Primeiro que, sei lá se por ordem interna ou se por ter ficado 2 anos sem caneco, alguns dirigentes calaram a boca. Ótimo passo pra diminuir a raiva que o Tricolor causava nos rivais. Ja já virá um falar bobagem de novo, eu sei. Mas quando falar eu critico.

A diretoria foi ousada em buscar Luis Fabiano, assim como foi altamente criativa na campanha do site oficial. Ponto pra diretoria de marketing e comunicação. Time grande tem que ter mídia, e as vezes ganhar jogos de 1×0 não dá capa de jornal.

Percebendo isso, resolveram mudar e aceitar seguir a tendência, desta vez não criada pelo SPFC, de entender futebol como negócio e não apenas resultados no campo.

Hoje o time revela jogadores porque usa a base. Mas, fundamentalmente, porque joga bola.

Dagoberto, Fernandinho, Lucas e outros jamais apareceriam num time que pega a bola e cruza na área de onde estiver. Eles jogam no chão, com velocidade, e não a toa o SPFC só destacou zagueiros e volantes nos últimos anos.

Hoje, jogando futebol igual gente grande e não optando pela covardia implantada pelo Muricy, o time consegue brilhar, ousar, driblar e encantar.

Pode perder! Faz parte. O risco de perder é, inclusive, bem maior do que na era Muricy. Mas ainda prefiro o risco de perder do que não ter perspectiva de algo brilhante.

O São Paulo era competente, não brilhante.

Hoje, ainda sem título, é brilhante.

O time cria, dribla, encanta, empolga e faz a torcida sonhar. Com isso, a essência do futebol, tudo muda de figura.

Time brilhante sorri quando faz um grande lance.  O SPFC não sorria.

Hoje a zaga é muito mais testada, e talvez por isso Miranda não seja mais tão genial.  Hoje o São Paulo joga e deixa jogar. Pois confia no taco de ser mais forte.

Quem evita o jogo rival e busca achar um golzinho é covarde, mediocre, pequeno. Infelizmente a filosofia tricolor teve um desvio temporário.

Por alguns anos alguém enfiou na cabeça de dirigentes, comissão técnica, jogadores e até do Ceni que era preciso um time alto e forte pra ser competitivo.

Isso é mentira!

E hoje, de novo, os baixinhos do Morumbi provam ser.

Futebol se joga assim, de peito aberto.

Brilhante São Paulo 2011, que mesmo se não for campeão, está tendo o enorme mérito em recuperar algo mais valioso que qualquer troféu: A identidade.

abs,
RicaPerrone

PS- Tenho fé que um dia os leitores do blog saberão LER ao invés de interpretar. Não estou TROCANDO titulo por futebol bonito. Nao estou sugerindo ser melhor perder do que ganhar. Isso é coisa de quem lê, ou melhor, de quem não consegue ler.

Apenas sugiro que time grande tem que JOGAR BOLA, não ficar na defesa jogando igual pequeno. Apenas isso.

O argumento “prefiro ser campeão do que jogar bem” é tão cretino e mediocre que nem merece discussão. Quem determinou que só pode um?

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