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O cheiro e os fatos

É bem verdade que o Flamengo faz uma campanha quase “milagrosa” sem estádio, viajando toda rodada (milhares de km a mais que os outros) e estando regularmente em segundo até aqui.  O cheirinho, de fato, existe.

Mas também é verdade que ganhar do São Paulo no Morumbi jamais será algo comum. O empate lá, portanto, está bem aceitável dentro do imaginário realista e pouco cheiroso.

O futebol apresentado demonstra queda do Flamengo nos últimos jogos, o que pode ser facilmente atrelado ao desgaste físico de final de temporada de quem viajou muito mais que os outros.  O que não é tão aceitável do outro lado, já que o SPFC tem seus problemas mas nenhum que justifique o futebol apresentado.

Ou melhor, a falta dele.

Não há jogadas, é tudo no individual. O time parece se conhecer no vestiário e a considerar a campanha do Botafogo pós Ricardo Gomes, encontramos um caminho sedutor para a conclusão.

Jogo ruim. Abaixo do que os dois podem, especialmente o Flamengo, que hoje pode muito mais que o São Paulo.

Mas entre a discussão técnica do jogo e o resultado há um fato incontestável. É tão aceitável pro décimo empatar com o segundo quanto o Flamengo empatar com o SPFC em pleno Morumbi.

Então, “segue o enterro”.

abs,
RicaPerrone

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