O Cuca vem aí. E dai?
O Galo contrata um time cheio de peças importantes. Chama um técnico conhecido, passa 6 meses, demite o técnico, troca meio time e acha que resolveu o problema. O time se arrasta até o fim do ano, faz um novo “pacotão” de reforços e perspectivas para seguir o mesmo roteiro do ano anterior.
As vezes escapa, chega perto. As vezes escapa, chega a cair. A receita não funciona, ninguém aprova, mas o cozinheiro não cansa de repeti-la.
Burro ele não é. Talvez conheça pouco futebol. Talvez não consiga olhar pro espelho antes de apontar o dedo por ai. O Galo não demite e contrata problemas.
Ele é o problema.
Passou da hora do torcedor do Galo notar que entra ano, sai ano, as desculpas são as mesmas as atitudes idem. Os resultados, infelizmente, também.
Não é o Luxemburgo, o Dorival e nem será o Cuca. Não foi o Diego Souza, o Mancini ou a saida do Eder Luis.
É o Galo.
O problema do Atlético é o Atlético.
Enquanto mexerem em volta e não atingirem o que de fato permite o gigante Atlético de se postar como pequeno, assim será.
Não, o Galo não deixará de ser grande. Isso é papo de cruzeirense ou de jovens jogadores de playstation que não sabem muito bem o que é ser o time que mais vezes chegou entre os 4 primeiros do Brasileirão, por exemplo.
O Galo é enorme. Não é um título que vai mudar isso. Enquanto houver uma torcida daquele tamanho atrás dele, nada poderá diminuí-lo.
Mas está na hora de agir como gigante.
É cansativo o noticiario do Atlético. Todo ano é a mesma coisa, mudam os nomes, os “craques”, o “técnico”, mas… não muda nada.
Eu não conheço a diretoria do Galo, nem farei julgamento algum sobre o que os atuais pretendem, onde erram ou onde acertam.
Mas é lá dentro que está o problema, não no time, no técnico ou na torcida.
Quando eu era moleque meu pai dizia que eu podia ter problemas com um professor, um coleguinha, talvez dois. Quando eu chegasse em casa com problemas com 5 professores, 5 colegas… o problema era eu.
O que fazer, então?
Não sei. Não estou lá pra saber e nem pra determinar qual dirigente é bom ou ruim. Daqui, vejo o óbvio. De lá, ao que parece, a paixão cega e todo ano eles se convencem que o problema foi outro.
Até que acabe o estoque de justificativas e entendam que a busca desesperada por um título grande, que não vem há 40 anos, talvez o afaste mais ainda.
Trocar de time e técnico todo ano não costuma funcionar. Note que os ultimos campeões foram construidos antes do ano da conquista.
O SPFC viveu um 2003 e 2004 montando time até ganhar tudo em 2005. O Flamengo foi buscar o Brasileirão com a base sendo montada nos anos anteriores. E o time campeão de 2010 foi “formado” lutando pra não cair em 2009.
Desmontar e montar o tempo todo não tem dado certo. Mas se duvidam, temos ai mais uns 100 anos de grandeza garantida pra ir tentando até encontrar a solução.
A receita é clara, aberta, colocada em prática todos os dias por muitos. Mas como ela inclui o fato de muita gente “largar o osso” e pensar mais no clube do que em si mesmo, costuma complicar em alguns clubes.
O Galo contratou Cuca. Eu adoro o Cuca.
Mas o que eu acho disso?
Nada. A tendência é ser apenas mais um a levar uma culpa que não é dele.
Apesar de fazer mil votos para que os dois, juntos, conquistem o que tanto desejam.
abs,
RicaPerrone