O gol do Deco
Se não fosse uma decisão, não seria tão lindo. Se não fosse por gols como estes as decisões não seriam tão especiais.
Numa rara união de 3 fatores que isolados já são valiosos no futebol, Deco fez o “gol do título”.
Eu sei que não foi 1×0, mas sei que foi aquele gol que desmontou o Vasco. 1×0 era resultado normal, dá pra buscar. 2×0 seria complicado, mas não impossível.
Impossível era ignorar a magia daquele gol e do quanto aquilo indicava um titulo.
Os Deuses do futebol não são burros. Pra um gol daquele não há como ser vice. Se aconteceu, aconteceu pra ficar na história.
“O gol do Pet”, “O gol do Renato”, “O gol do Mauricio”, O gol do Juninho”, e agora, “o gol do Deco”.
Falava sobre 3 fatores importantes que raramente vemos num só jogador. Deco foi decisivo, talentoso e inteligente. Essa combinação, mesmo que tardia, forma um craque. E hoje Deco é craque.
Talvez amanhã nào seja mais. Mas enquanto aquele gol estiver fresco na memória, será. E ai de quem ousar discutir.
Procuraram falha no Prass, como se fosse possível haver uma “falha” dentro daqueles mágicos 5 segundos entre o domínio, a ameaça, o olhar e o tiro genial.
Deco desmontou um time invicto com 5 segundos de inspiração.
Não, não havia nada a ser feito. Só olhar e aplaudir.
Ao Vasco, o recado mais simples estava sendo dado. O Futebol, aquele imponderável que adoramos, hoje era Tricolor. E não tinha Dedé que pudesse mudar isso.
O campeão da Guanabara é só um finalista do estadual. De fato não vale grande coisa e, sabemos, será apagado se o campeão for outro grande clube do Rio.
O gol do Deco não. Este foi para sempre.
E gols assim, decisivos, geniais, épicos e multiplicados por sua relevância só existem no mata-mata.
Num jogo de turno, comum, valendo “só” 3 pontos, seria só um “golaço”.
Mas não foi. E não poderia ter sido.
E se eventualmente o Deco resolver declarar que “foi sem querer”, eu digo: “Mentiroso!”.
abs,
RicaPerrone