O jogo que merecíamos ver
Desde o final do Brasileirão 2011 ficamos com aquela dúvida: “Numa final, Corinthians x Vasco, quem levaria essa taça?”. Pois bem, já que os pontos corridos não permitem ter certeza, a Libertadores permitirá.
Num dos maiores jogos da história dos brasileiros no torneio, Vasco e Corinthians fazem uma das quartas de final.
Se o Corinthians é aquele time que não entra em pânico, que toca, espera, pensa e calcula, o Vasco é o oposto extremo.
Burro, afobado, dependente de talento puro e com uma dose de sonho que o Timão não tem.
Dizia em 2011, repito em 2012: O Corinthians é merecedor de tudo que está conquistando. Mas a história do Vasco, desde o Ricardo Gomes, passando pela volta dos ídolos antigos, os problemas de salário esse ano, é mais “dramática”, digna de filme.
Isso quer dizer que um mereça mais que outro? De forma alguma. Merecer pode ser uma palavra até pesada no futebol.
Frente a frente os dois brasileiros mais atípicos da Libertadores.
Um que joga como argentino. Toca, prende, espera, pensa, é coletivo, busca meramente o resultado. E consegue.
O outro um time desorganizado que tem no talento de 3 ou 4 jogadores toda esperança de desequilibrar um jogo.
Os altos investimentos contra os salários atrasados. Os novos heróis alvi-negros contra os já eternos heróis cruzmaltinos.
Um jogo sem prognóstico, sem favoritos mas já cheio de história.
Daqueles que adoramos tornar inesquecível de véspera. Afinal, qualé a chance de um dia alguém esquecer?
abs,
RicaPerrone