A contratação de Luis Fabiano pelo SPFC se divide em 3 etapas. A primeira é quando alguém te dá a notícia e você diz: “Sensacional!”. A segunda é quando você lembra dele no SPFC e pondera a idolatria. E a terceira é o questionamento natural dos valores.
Uma, porém, não tem nada a ver com outra.
Assim sendo, vamos separar o joio do trigo.
Luis Fabiano é do São Paulo.
Sensacional, puta jogador, baita reforço, o time fica forte novamente e o Brasileirão ainda melhor! Ótima notícia!
Luis Fabiano vale a pena?
Claro! É um baita jogador, sabe fazer gols, é raçudo, identificado e movimentará o São Paulo na mídia, coisa que em 2011 não estava acontecendo.
Vale o que foi pago?
Opa, aí entramos numa terceira discussão onde ninguém tem razão.
Se foram 18 ou 30 milhões, de qualquer forma, é um valor fora da realidade dos clubes brasileiros. Por um cara de 30 anos que não será revendido, esta grana fica meio contestável.
Ótimo que o São Paulo tenha conseguido! Mas foi o São Paulo?
Parece que não. E não sendo, a pergunta é clara: Porque eu dou 20 milhoes pra um clube comprar um jogador que amanhã não vai ser revendido?
Qual investimento é esse?
Será que % de garotos não viraram moedinha?
Será que o dinheiro veio de empréstimo e amanhã custará caro?
Me preocupa este valor, apesar de eu adorar a idéia do SPFC engolir o discurso de “não faço loucuras”.
Que bom que fez.
Mas, quem fez?
Você confiaria 20 milhões a um jogador de alto nível, porém, fato incontestável, que em sua passagem pelo SPFC foi expulso ou sumiu da enorme maioria dos jogos importantes?
Aos 30 anos e, talvez, com a cabeça melhor, ele daria este retorno de que maneira?
Que investidor, não sendo o clube, gasta 20 pra ver um time melhorar?
Alguma coisa o SPFC deu a quem deu essa grana. E só sabendo isso avaliaremos se foi ou não um bom negócio.
Por enquanto temos um reforço de alto nível técnico, de altíssima identificação com a torcida e a expectativa de um SPFC ainda mais forte.
O que, convenhamos, já é muito.
Boa sorte a ambos, e parabéns ao SPFC por contradizer o próprio discurso antigo e pouco inteligente de “não fazer loucuras”.
Só faz golaço quem arrisca.
E que este seja um. De placa.
abs,
RicaPerrone