Quem inventou teve ótima intenção num momento onde até cabia. Era quando o futebol vivia da tentativa de fazer gols, não de evitá-los e, portanto, o “gol fora” surgiu pra tirar o visitante da defesa. Valeu, foi bacana, mexeu com o jogo, mas… venceu a validade.
Hoje, no futebol Muricystico, é raro agredir o adversário por instinto. Você busca o necessário, e ao dizer que 1×0 em casa basta, você costuma matar muito jogo de ida. Com o gol fora, mata também o de volta.
Ontem Flamengo x CAP morreu antes de pegar fogo. Hoje, Palmeiras e Vasco faziam um jogaço no Pacaembu, com sintomas de histórico e talvez até de uma virada épica do Verdão.
Aí vem o gol fora e mata o jogo.
Qualé o benefício? Vale a pena?
Compensa tirar um pouco o visitante da defesa se o risco de matar o jogo de volta é grande e de ter o mandante, diante dos seus torcedores, recuado feliz com 1×0?
Quantos jogos “pegaram fogo” com o gol fora?
Quantos tiveram o “fogo apagado” por um?
É só um exemplo. Só usei o gancho pra tocar num assunto que ha tempos me incomoda.
Hoje, no Pacaembu, o Palmeiras fez boa partida. O Vasco idem.
Detalhes determinariam a vaga, e infelizmente, de novo, o detalhe foi o local de um gol. Aliás, que golaço!
Vaga merecida. O Vasco foi melhor em 2 jogos e ponto final. Mas, precisava ter matado o jogo antes dele terminar?
Se fosse tão bom, convenhamos, não tiravam essa regra nas decisões.
Então, se mais esfria do que esquenta, se na hora do “vamos ver” eles tiram…
Pra que isso?
abs,
RicaPerrone