O pior dos erros
Felipe Bastos comemorou o título do Vasco como um torcedor. Ao fazer isso repetiu musicas de torcida e será massacrado até a morte por isso nas próximas horas.
Se tivesse cuspido no juiz, dado um tapa na cara do Diniz e mandado a Globo a merda teria dado menos problema do que vai dar o fato dele usar o termo “viado” com microfone ligado. Só quem pode fazer isso é o ótimo Paulo Gustavo.
Felipe, aprende uma coisa que a vida ensina ao longo do tempo: Nós só podemos ser o que somos sem camera ligada. Quando tem o mundo vendo nós temos que agir feito robôs, mandar abraço pra Belém, dizer que sonha em voltar à Brasília, que ama o povo de Manaus, que acha as mulheres do Acre lindas e que está engajado em alguma merda.
Você cometeu o crime de cantar algo que uns 120 milhões de brasileiros cantam todo domingo há 100 anos, mas que só você fez com a camera ligada na sua cara.
Sim, a gente sabe. O Fluminense é o “time de viado”, como meu São Paulo também é. Sabemos que o seu é o vice, que o Flamengo é o time de favelado, o Cruzeiro de Marias, e por aí vai. Tudo brincadeira do futebol. Maaaas… eles criaram o contexto único nacional.
Eles! Eles quem? Os Zé Ong!
No código de ética deles o que eles não entendem, condenam. E se houver justificativa, massacram. Logo, Felipe, fudeu pra tu.
Eu honestamente nem acho muito maneiro o jogador profissional dizer o que você disse sobre o Flu. Mas se eu me fizer de louco e escrever aqui que quando meu time é campeão em cima do Corinthians eu não vou repetir algum canto ofensivo no meio da festa estarei sendo frouxo.
Óbvio que vou.
Agora é seguir o roteiro. Você se desculpa, o apresentador que quer o ladrão solto te julga e te arrebenta cheio de ética, você vira o inimigo do jean willys por 1 mes e te culparão por uns 2 ou 3 assassinatos. Aí te esquecem, pegam outro pra cristo e tudo volta ao normal.
Boa sorte. Tu vai precisar, viado.
Ops! Tô preso?
RicaPerrone