O raríssimo Thiago Neves
Entre ser um craque de seleção e ficar rico, Thiago escolheu ficar rico. É pouco condenável sua escolha, já que os desejos de carreira são individuais. Pelo que joga, eu teria tentado Real Madrid e seleção, não a grana fácil da Arábia. Mas, estamos falando de um jogador de agora 31 anos, que teve um trauma na carreira bem considerável.
Pouca gente cita, mas Thiago passou muito perto de se tornar o maior ídolo da história de um clube grande. Em 2008, na épica Libertadores do Fluminense, esse sujeito fez 3 gols na decisão, além de um na primeira final. Se nos pênaltis o jogo terminasse pro Flu, Thiago teria dado uma Libertadores pro clube. Seria Deus.
Por erros de arbitragem e por azar, não foi. E naquele dia ainda viu seu pênalti ser anulado e voltar até que errasse, talvez lhe dando considerável motivo para “vou ganhar dinheiro e foda-se”, já que o futebol é bem injusto com as pessoas.
Mal escalado no Flamengo, sempre aberto, não foi o mesmo cara, mas foi bem. Thiago é diferenciado. E não só pela técnica e bom chute, mas porque tem uma característica raríssimas que adoro: Ele gosta de jogo importante.
Talvez ele não faça nada contra o Ipatinga. Mas o Galo que se cuide, porque é nesse jogo que ele se cria.
Cruzeiro contrata um dos melhores meias possíveis. E que se ainda quiser, volta até pra seleção.
abs,
RicaPerrone