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O senso de realidade

Tem algo que o Botafogo de 2016 tem melhor do que quase todos os elencos do Brasil: o senso de realidade.

Poucos times sabem até onde podem ir e brigam dentro daquilo sem se deslumbrar e nem se desesperar conforme os resultados. Esse time, limitado, candidato a rebaixamento de 9 entre 10 palpites antes da bola rolar, hoje está bem mais confortável que SPFC, Inter e Cruzeiro, times que não tem elenco pra estar onde estão.

Porque o Botafogo tem um grande time? Não. Porque como fez hoje, vem fazendo sempre. Joga o que dá pra jogar. E aceita suas limitações como poucos.

O Fluminense, pelo contrário, não tem NADA coletivo e estamos em setembro. Levir é “gente boa”, logo, não sofre 10% da pressão que outro qualquer sofreria com o apresentado até aqui.

O Flu luta por uma jogada individual. Não há nada além de Scarpa, Wellington e um surto. O minuto final com goleiro na área e o time todo tentando achar um gol é o reflexo dos 90. Só muda o ímpeto.

Ainda tem rodada, mas o Botafogo está a 2 pontos do Flu e em décimo lugar. Da mesma forma que deve-se observar o coletivo corintiano pela relação expectativa/realidade, deve se colocar em destaque o Botafogo que, neste momento, é o mais lúcido time do Brasileirão em relação a sua qualidade técnica.

abs,
RicaPerrone

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