O travesti dos doces
Me pergunto, sempre que me deparo com uma delas, quem foi a pessoa que criou algo totalmente sem sentido.
Passo horas avaliando a mente do Padre Baloeiro, por exemplo, tentando encontrar motivos para tal idiotice.
Sou assim, meio curioso. E nessa de tentar entender o motivo de tudo, acabei descobrindo algumas coisas sem resposta. Entre elas, o “pudim de pão”.
Tire um minuto do seu dia para pensar: Quem é que gosta de pudim de pão?
Não, eu não perguntei quem “até come”. Eu perguntei quem gosta. E gostar, pra mim, é quando você já acordou num domingo pensando: “Hummmm, vontade de pudim de pão!”.
Isso nunca aconteceu.
Foi uma véia desocupada que o criou, não tenho dúvidas. Ninguém ocupado faria tal bobagem. Mas o que incomoda não é o fato dele existir, mas sim o fato dele ser mau caráter.
Eu respeito o pepino. Ele parece pepino, todo mundo sabe que é uma bosta e só vai quem quer. Mas o pudim de pão é filho da puta, ele é o travesti dos doces.
Parece pudim de leite. Você almoça pensando nele, e quando corta vê que tinha um “piruzinho” naquela gostosa.
Ele se camufla de doce. Mas não é. É apenas uma forma cafajeste de não jogar fora restos de pão que nem pombo ia querer comer.
Sabe como é feito essa merda? Com tudo que é usado pra um pudim de leite condensado, mas aí você troca o leite condensado por pão velho e duro.
Quem foi a detestável vovó que resolveu fazer pudim sem leite condensado e sim com pão velho pro seu neto?
Prendam essa senhora! Ela pode ser uma serial killer de receitas e ter também no currículo o bolo de laranja.
Ninguém quer bolo de laranja. Ou é bolo, ou é fruta. Não fode, velha!
Por um mundo melhor, menos mentiroso e por infâncias menos traumáticas. O fim do pudim de pão!
abs,
RicaPerrone