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Ousadia e nenhuma alegria

wefEnquanto Flamengo e Fluminense corriam de um lado pra outro tentando encontrar uma forma de jogar, Levir e Muricy jogavam xadrez do banco de reservas.  Num dos duelos táticos mais interessantes, sobrou ousadia para Levir, sobrou convicção pro Muricy.

O Fluminense entrou em campo claramente orientado para tocar a bola e manter a posse. Pra isso é preciso que jogadores se movimentem, e não aconteceu bem assim. O Flamengo, para retomar uma bola e esticar no Cirino.

É pouco, mas bastava uma corrida certa e um cruzamento para ser “genial”.

No segundo tempo o Levir percebeu que estava ganhando a bola do Flamengo antes dela chegar na sua área e tendo a chance de esticar um contra-ataque. Muda-se tudo.  O Flu passa a buscar uma bola esticada, o Flamengo tenta construir um lance de gol.

E aí é que se separa a idéia de cada treinador.

Levir tirou Fred e Diego Souza porque achou que precisava de velocidade em cima da zaga “lenta” do Flamengo.  Foi ousadíssimo, porque se ele tira os dois e toma o gol, amanhã sabe-se lá como fica o clima nas Laranjeiras.

Muricy foi radicalmente o contrário. Sheik errava tudo que podia no jogo, mas é o Sheik. E por isso ficou até o fim, abraçado ao esquema que tem em mente esperando um lance salvador.

Nenhum dos dois deu certo. Mas a visão do jogo deles é bem interessante. Um mudou a forma de jogar radicalmente e tirou os 2 medalhões do time. O outro viu o estádio vaiar o Sheik o tempo todo e acabou abraçado com ele.

O Fluminense é lendo com Fred, mas é inexpressivo ofensivamente sem ele. O Flamengo erra tudo com Sheik, mas tem nele o único jogador do time que pede a bola e tenta o tempo todo.

Um zero a zero chato. Mas que começa a clarear os ideais táticos das duas equipes pro resto do ano.

abs,
RicaPerrone

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