Paixão não raciocina
Na estréia do remendado Flamengo, uma vitória simples, dura de assistir, e cheia de “poréns”. Faltou esse, faltou aquele, “e se esse jogar mais…”, etc, etc, etc.
A tal paixão nunca deu espaço para a razão. Não será diferente mesmo que cada má atuação seja carregada de um monte de explicações inteligentes e coerentes.
O “novo Flamengo” precisa de tempo, mas não terá. Não há diretoria no mundo capaz de explicar para mais de 35 milhões de torcedores que durante um período, talvez, o poderoso Mengão seja um rascunho sem perspectivas a curto prazo.
Se assim tentarem, errarão. Não porque a idéia não seja correta, mas porque a prática sobrepõe a teoria e a prevenção perde para a urgência.
Um tratamento de um câncer é imediatamente deixado de lado quando no meio dele surge uma hemorragia com risco de morte. E este processo cauteloso e necessário que o Flamengo ensaia para se ajeitar fora do campo não terá como acontecer se em campo as coisas estiverem mal.
Arrumem o dinheiro, as dívidas, a credibilidade no mercado, o que for! Mas arrumem com um Flamengo forte no campo.
Sem isso, transformarão o que já é difícil em insuportável. Futebol precisa de razão, inteligência, planejamento e o que mais for bonito de falar. Mas ele vende paixão, e esta não raciocina.
Para uma melhora fora das 4 linhas o Flamengo terá que ter um time, no mínimo, competitivo. Não pelo planejamento, mas pela paz em poder executá-lo.
abs,
RicaPerrone