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São Paulo

Pára, Rogério!

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“Oh capitão, meu capitão”;

Eu já pedi muitas vezes por você. Já cansei de gritar seu nome como torcedor e aplaudi-lo mais contidamente como jornalista.  Cansei de te elogiar, criticar, perguntar, ouvir, entrevistar e, principalmente, ter fé que sua presença ali ajudaria.

Hoje, pela primeira vez, acho que sua ausência faria melhor ao SPFC.  E não pelo goleiro, longe disso, apesar de eu achar que seria fantástico se aposentar com a taça da Sulamericana nas mãos, por exemplo.

Mas, o ombro é seu. A carequinha também. Você sabe melhor que eu até onde pode ir.

Hoje você é capitão de um São Paulo que não é exatamente o seu, nem o meu. O “deles”, talvez.  Mas aquele que começou a ser destruído em 2007 quando o futebol se tornou apenas resultado, quando tudo virou arrogância, quando os rivais passaram a inimigos e o soberano se fez soberbo, não.

Porque encerrar sua carreira neste São Paulo que sequer te coloca na real condição que merece? Que tem um diretor amador indo a mídia discutir sua condição de jogo enquanto jamais soubemos a verdadeira condição de dirigente de futebol dele.

Seria um protesto. Um ato de rebeldia. Um ato corajoso, polêmico, quase covarde.

Mas na verdade, heróico.

Eu talvez continuaria ganhando o meu até o fim do ano e dane-se todo o resto.  Mas se eu fosse Rogério Ceni estaria no gol com 15 milhões de fãs e não na internet brigando por espaço e patrocinador toda semana.

Você é diferente. Chato, arrogante, competente, incontestável.  O único cara que pode causar uma reflexão de fato no Morumbi.

Te conheci com 20 anos jogando vôlei no social. Ganhei de você, até porque na época eu era magro e meu time era melhor que o seu naquela tarde. Passei batido por você dezenas de vezes indo na direção do Zetti pedir um autografo. Até parar na sua frente e pedir uma entrevista ao novo capitão do São Paulo.

Até os bons papos no CT, gravados ou não.

O dia que chorei de cá enquanto ajoelhado no Japão você agradecia a Deus pelo momento que vivia e nos fazia viver.

Tanta coisa. Tão perto do fim. Um fim não muito promissor, diga-se.

Este São Paulo te incomoda. Tá na sua cara. Nele, talvez, você não possa mais ser campeão. Mas pode ainda ser o ícone de um clube que você viu sair da zona sul de São Paulo para o mundo.

O que todo sãopaulino espera de você? Que você pegue todas as bolas indefensáveis que resultariam em gols e nos salve de mais derrotas até dezembro, onde você pára, triste, chateado, e sem poder fazer mais nada.

Hoje pode. E talvez com as mãos seja menos importante do que um ato de grandeza que seria antecipar a aposentadoria por não aceitar este São Paulo.

Um protesto. Um posicionamento de quem se diz funcionário mas sabe não ser só isso.

Pra que, Rogério? Pra quem?

É pra você os próximos 6 meses? Pra defender o SPFC dos rivais enquanto ele é destruído por dentro e não por fora?

Pára, capitão.

Vai lá e entrega a luva. Diz que “pra eles” tu não joga mais.

Você é escudo da incompetência alheia. Com o “mito” ali, é mais fácil fazer tudo errado.

Deixe-os na mão. O Denis faz o que você faria como goleiro até dezembro. Mas ninguém pode fazer o que você pode antes disso.

Pára, Rogério!

abs,
RicaPerrone

Atlético MG

Saldo de compra e venda dos últimos 10 anos

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Nos últimos 10 anos os grandes clubes do Brasil alternaram momentos. Alguns em profunda crise, outros nadando em ouro, mas todos ainda tendo nas receitas de jovens uma grande parte do seu faturamento.

E portanto, considerando as temporadas 14/15 até a 23/24, fizemos um balanço de acordo com os dados do Transfermark sobre o fluxo de compra e venda de jogadores de cada um dos 12 grandes.

Claro que existem salários, luvas, “compras” sem repasse ao ex-clube por fim de contrato. Mas aqui consta apenas o que é valor final e oficial.

Quanto seu clube comprou e vendeu nos últimos 10 anos?

Algumas curiosidades sobre:

  • O Fluxo de compra e venda do Grêmio, somado a resultados, nos últimos 10 anos é muito bom.
  • O Fluminense segue vendendo suas jóias e comprando pouco tendo recentemente conquistado títulos em 2023.
  • O Flamengo é uma máquina de ganhar e gastar.
  • O Botafogo tem uma divisão de base terrível. Não gera quase nada ao clube.
  • O investimento do Vasco foi quase todo feito em 22/23.
  • A temporada de maior gasto foi a do Flamengo de 19/20, com 250 milhões em contratações.
  • A maior janela de vendas também foi do Flamengo em 18/19 com 483 milhões de reais.
  • Nenhum dos 12 grandes comprou mais do que vendeu no saldo dos últimos 10 anos.

Rica Perrone

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Atlético MG

Classificação Planejada 2023 – #18

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Todo ano aquela tabela polêmica que mostra o caminho dos clubes pra buscar 72 pontos e brigar por título.

Pra que? Pra você saber se um caminho foi mais fácil que outro ou não. Pra entender quem jogou mais partidas difíceis em casa ou fora e portanto compreender o que a tabela lhe ofereceu até aqui.

As tabelas não tem relação entre si. Cada tabela é pensada pro clube em questão apenas.

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São Paulo

Isso é futebol! O resto é esporte

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Nos acostumamos a fazer contas, analisar pontos e desempenho. Números, números e mais números. Parece até um esporte.

O futebol nos pega pelo ídolo, o momento, o imponderável, a expectativa de reverter o cenário em segundos. O futebol é um entretenimento que movimenta sentimentos e por consequência disso, dinheiro.

Não há dinheiro sem entretenimento. E para isso é fundamental o que muitos chamam de “loucura”. Ora, “loucura” é esperar que os de sempre entreguem mais do que o de sempre.

Ou pior: esperar que um parque de diversões sobreviva sem novas atrações, sejam elas tão boas quanto anunciadas ou não. A gente quer esperar algo melhor, mesmo sabendo ser improvável.

São 20 times. Só um campeão. Como podemos fazer os outros 19 serem interessantes, portanto?

Com ídolos. Expectativa, atrações, novidades, discussão, paixão.

Pra isso os maiores times do mundo jogam dinheiro pela janela contratando revelações que em sua maioria não dão certo.

O Real Madrid pode fazer 10 jogadores em sua base. Os dez teriam que ser campeões de tudo pra causar o impacto da chegada de um grande craque. E é disso que vive o futebol quando a vitória não é garantida.

Se é que algum dia ela foi.

James é expectativa, curiosidade, assunto, camisa, chegada, apresentação, euforia, oba-oba, talento bruto.

Se vai dar certo em campo, não sei. Gostaria. Até apostaria, pois acho craque. Mas quando o futebol brasileiro entender que a venda é de entretenimento e não de resultados, saberá que ele se pagaria mesmo se mal jogasse.

Como ainda não sabem, pode sair caro. Mas ainda assim, ver a torcida tricolor mudando o patamar da expectativa em horas é algo que o dinheiro compra. Se chama James Rodriguez.

RicaPerrone

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