#Paz
De todas as necessidades básicas da seleção brasileira há algum tempo venho dizendo que a mais determinante no nosso desempenho era a paz.
Explico.
O time viajava pra se reunir sabendo que ia apanhar da entrada até a saida. Que ninguem presta, que a imprensa faria da oposição a Dunga um 7×1 todo santo dia e que estar ali era pedir pro tempo passar logo pra voltar pro seu clube.
Tite deu a seleção uma dose de paz inacreditável. O time jogou como se não perdesse há anos, driblou e brincou com a bola como se fossem os ídolos de uma geração e favoritos a golear na altitude.
Gols foram saindo naturalmente, ninguém vacilou na hora de tentar uma jogada ou decidir um bicão pro alto. Isso tudo não se deve a 3 dias de treino, porque o Tite é bom mas não é mágico. Deve-se a paz.
Ontem Tite conseguiu arrancar uma salva de palmas da imprensa porque deu o time 24h antes, como se fosse uma bobagem do treinador optar por esconder até a hora do jogo. Cena tosca, mas bem a cara da mesma mídia que fez da seleção um inferno até tirar dali quem eles não queriam.
Agora com Tite, que é “gente boa”, nem do Del Nero falam mais. A “seleção da CBF” é capaz de voltar a ser “brasileira”. E nisso ganham todos, especialmente os imbecis que a rotulavam dessa forma antes.
Uma estréia espetacular. Com controle de jogo, de ritmo, de campo e com uma goleada merecida. Criada pelo talento individual e pela ousadia que até ontem ninguém arriscava mais por medo.
Agora sim. #Paz.
abs,
RicaPerrone