O time do Velez não é pior que o Peñarol, a própria Libertadores 2011 diz isso. Mas é menor, tem a camisa menos pesada, e isso faz alguma diferença numa decisão.
Até aqui, sejamos justos, o Velez chegou jogando muito bem e o Peñarol com uma dose de sorte considerável. O índice de gols do time uruguaio com falhas de goleiros é assustador, mas, é do jogo.
Ontem, em casa, e com uma torcida daquelas que “ganha jogo”, os uruguaios não foram sequer superiores ao Velez. Mas demonstraram em campo algo que sempre diferenciou uruguaios e argentinos.
Enquanto os argentinos juram que jogam tanto quanto brasileiros, os uruguaios tem a noção exata do quanto jogam. Assim, ao invés de esperar ao gol cair do céu, ou uma goleada na base do talento, eles aceitam suas limitações, correm, se fecham e seja o que Deus quiser.
Foi assim na Copa, tem sido assim com o Peñarol. Saber que é fraco tecnicamente facilita na hora de compensar na força.
O Velez não. Achou que só jogando bola passaria por cima do fraco time uruguaio. Só que, hoje em dia, ser fraco na técnica não diz muita coisa, especialmente na Libertadores.
Os argentinos ainda tem tudo pra passar, basta vencer em casa por 2 gols. Mas é bom lembrar que, se a camisa for pesar, vai pesar pro lado uruguaio.
Com a vantagem mínima de 1 gol, já é o favorito.
E, é claro, contra argentinos, o Peñarol também “é Brasil nessa Libertadores”.
abs,
RicaPerrone
