A piada continua
Hoje é sexta-feira, 17 de janeiro de 2014. E não, ninguém se importou ainda com os campeonatos que começam neste final de semana.
Daqui 2 meses, quando eu tocar no tema novamente, não terá mudado. Todos olharão para a Libertadores, planejarão o Brasileirão e chamarão o estadual de “paulistinha”, “carioquinha”, algo do tipo.
Afinal, pedimos “bom senso”. E parte do “bom senso” é pedir que nossos clubes tenham espetáculos competitivos com o mundo todo, pagando salários de 600 mil reais, contratando estrelas, segurando venda de jogadores, buscando patrocínio e domingo enfrentando o Ipatinga, ou talvez o Pelotas. Com sorte, o Mogi Mirim ou o Volta Redonda.
Essa palhaçada toda dura quase meio ano. Perdemos pelo menos 40% do tempo útil de futebol na temporada jogando algo que quase ninguém mais se importa. E mesmo que se importe, não há dúvida sobre os “finalistas”.
Vai rolar a bola!
Enquanto os grandes massacram os pequenos usando times reservas pelos estaduais, passaremos mais alguns meses discutindo o porque do calendário, das datas fifa, entre outras coisas que adoramos perguntar, saber a resposta e fingir que não.
Aí vem o papo da caridade. “Coitado dos pequenos, se acabar o estadual eles morrem”. Como se alguém de fato estivesse preocupado com o futuro do São Carlos, ou do Itaperuna.
Chama-se “torneio pra ganhar voto”. Federações agradam muitos para ter mais e mais apoio nas próximas eleições. Os clubes, covardes e de rabo preso, aceitam. E então, afundam juntos.
Compramos Seedorf, Pato, Robinho, Fred e sugerimos que, além de reduzir o salário, eles passem 4 meses jogando em pastos contra times mediocres sendo que não vale nada se ganhar, vale crise se perder.
Começa amanhã!
E eu não vou passar 4 meses dizendo que não vale nada. Primeiro porque já disse, segundo porque sou mais inteligente que eles. E se é isso que vou vender nos próximos meses, é isso que vou valorizar.
abs,
RicaPerrone