Precisamos falar do Botafogo
Não há nada mais constrangedor a um comentarista do que os fatos. Eles tornam toda discussão indiscutível, todo prognóstico vazio e quando os confirmam não faz mais do que obrigação.
O Botafogo 2016 é o assunto que ninguém quer tocar.
Façamos esse papel e vamos assumir que erramos bizarramente nos prognósticos. Porque não conhecíamos o treinador que chegaria? Porque não imaginávamos que sairia o Ricardo Gomes? Porque? Por vários motivos. Mas no final das contas, erramos.
O fraco elenco montado para não cair, não caiu. O embalo e o bom futebol dentro de suas limitações técnicas apresentado o credenciou, até, veja você, a brigar por Libertadores.
Ah mas é G6… acostume-se. É G6 e assim será. Tendo até G8 qualquer dia desses. Os classificados continuam sendo os primeiros colocados, logo, um time taxado por nós, inclusive por mim, como altamente rebaixável, não deveria estar ali.
Está. E tem que haver explicação acima do nosso ego de dizer que “futebol é foda”.
É foda. Mas tem trabalho, conscientização coletiva, plano tático e a decência de se enxergar em campo. Nenhum Pimpão se acha Michel Bastos no Botafogo, enquanto muito Michel Bastos se acha Neymar.
Eis um diferencial.
O Botafogo não caiu. E “pior”, passou longe. Caiam os queixos, porque não dava pra esperar tamanha evolução em tão pouco tempo e com tão limitados recursos técnicos. Parabéns aos envolvidos.
Futebol é foda.
abs,
RicaPerrone