Riascos e as crianças
Quando o Flamengo entrou em campo domingo ele tentou explodir sua torcida a seu favor. A idéia da bandeira, da entrada sem protocolo, etc, é tudo muito legal. Eu mesmo na hora achei divertidíssimo. Mas de fato havia as crianças.
Crianças que foram ignoradas por uma atitude que, legal ou não, quebrou o combinado. Fosse uma entrada em campo seguida de uma explosão da torcida e um gol no começo, as crianças não seriam notadas até hoje. Mas Riascos zelou por elas.
Toda a tentativa do Flamengo de entrar num clima de decisão acabou ali. Dali pra frente o time correu o que dava, tentou o que era possível e tudo bem. Mais um jogo, mais um clássico, mais uma derrota. Tanto faz. Aliás, o Flamengo hoje é um time que “tanto faz”.
Mas para as crianças, não é “tanto faz”. Fazia toda a diferença dar as mãos a um “herói”.
Erraram. Não na idéia, mas na execução. Poderiam ter combinado com as crianças, dado algo a elas, levado no vestiário e compensado antes da entrada em campo. Falta dialogo entre futebol e marketing no Flamengo.
Agora, sejamos justos. Não fosse Riascos, um gol do Guerrero com 15 minutos, quem se importaria com as crianças?
abs,
RicaPerrone