Roda gigante
Algumas coisas no futebol acontecem para manter a ordem. Algumas partidas parecem ser jogadas como que num roteiro para que não se quebre a escrita, a tradição e as mentiras bem contadas que movem o futebol.
É claro que o Flamengo empolgado pela Libertadores seria o ideal pro Fluminense. Que auto-afirmação haveria em bater no rival cambaleando? Eles gostam assim.
Do centenário, favorito, em maioria. Se há uma receita para o Fluminense vencer o Flamengo é a inferiorização de véspera. E não, ela não pariu do rubro-negro. Partiu dos fatos. E contra eles, azar deles.
Só há um clube no mundo que faz a megalomania rubro-negra desaparecer. Está no hino, no ar, na cidade inteira. O Flamengo ostenta uma marra deliciosa de assistir. Ela está presente contra o Barcelona no Camp Nou. Mas nunca está presente no Fla-Flu.
É o dia do ano que rubro-negro olha de frente e não pra baixo. Seja quem for do outro lado, se com aquele uniforme, eles respeitam. É uma das relações mais bonitas do futebol mundial. E toda vez que o Fluminense ameaça se apequenar, é diante do Flamengo que ele se reafirma.
Pois se és tão grande, poderoso e independependente, porque tanto lhe incomodo? E incomoda. É fato. Nem mesmo Zico recusa.
Há no Fla-Flu um ingrediente sobrenatural. E ele com certeza veste 3 cores.
Se ser o Fluminense do Flamengo não é um sinal de grandeza infinito, não sei o que pode ser. E sim, pro Flamengo só há um Fluminense. O resto ele esnoba, com ou sem razão.
abs,
RicaPerrone