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São Paulo

Rogério não é louco

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Eu conheci o Rogério Ceni quando ele tinha uns 19 anos. Ele era reserva do reserva, jogava vôlei na social as vezes.  Nunca imaginei que ali estava um cara que faria a história que fez.

Rogério é um cara com o ego inflado. “Arrogante”, no Brasil, é o cara que tem conciencia de sua capacidade.  Rogério, portanto, é arrogante.

Tem defeitos. Não gosto de muita coisa que ele gosta. Do Baldassi por exemplo.

Uma coisa que ele não é, definitivamente, é “maluco”, muito menos “burro”. Rogério é um cara que responde as criticas, e isso no Brasil também tem nome: “não sabe aceitar criticas”.

Aceitar criticas, pra nós, é não reagir a elas.  Outro equívoco cultural. Tão grande quanto a covardia que é blindar por medo durante meses e massacrar em bando quando frágil.

Rogério nunca reclamou comigo de algo que escrevi sobre uma falha sua. Mas me explicou todas elas. Eu concordei, discordei, mas nunca fui censurado por ele. E a idéia que tentam fazer hoje de um cara que “não aceita críticas” por causa da reação irônica à mídia é de uma covardia ímpar.

Rogério não está contra que digam que ele é um treinador ruim. Até porque dizer isso em meses é meio impossível.  Mas ser contra que um chute numa prancheta vire manchete 30 dias depois porque foi encontrado pelos jornalistas uma brecha para encaixar uma crise é bem razoável, não?

Transformar os bastidores do famoso “tenho fontes que dizem que”  em novelinha de capítulos diários minando o ambiente no clube apenas quando a bola parou de entrar.  Covarde, não?

Quantos jornalistas queriam dizer que achavam ele ruim, não disseram por medo, e agora blindados pelo massacre coletivo meteram a cara pra detona-lo?

Rogério é chato pra caralho. Concordo.  Mas ele não é louco, nem burro.  O que ele está reclamando é da idiotice, da covardia, do mau jornalismo. Não de quem o avalia como fraco.

Não é um defeito “não saber lidar com a imprensa”. Ele é treinador, não assessor de imprensa. Defeito é a imprensa usar covardemente de fatos insignificantes, oportunistas e fora de contexto para alimentar uma crise e vender click.

Seja ele um grande treinador ou mais do mesmo, nada justifica a novela retrô feita contra o São Paulo nas últimas semanas.

abs,
RicaPerrone

Atlético MG

Saldo de compra e venda dos últimos 10 anos

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Nos últimos 10 anos os grandes clubes do Brasil alternaram momentos. Alguns em profunda crise, outros nadando em ouro, mas todos ainda tendo nas receitas de jovens uma grande parte do seu faturamento.

E portanto, considerando as temporadas 14/15 até a 23/24, fizemos um balanço de acordo com os dados do Transfermark sobre o fluxo de compra e venda de jogadores de cada um dos 12 grandes.

Claro que existem salários, luvas, “compras” sem repasse ao ex-clube por fim de contrato. Mas aqui consta apenas o que é valor final e oficial.

Quanto seu clube comprou e vendeu nos últimos 10 anos?

Algumas curiosidades sobre:

  • O Fluxo de compra e venda do Grêmio, somado a resultados, nos últimos 10 anos é muito bom.
  • O Fluminense segue vendendo suas jóias e comprando pouco tendo recentemente conquistado títulos em 2023.
  • O Flamengo é uma máquina de ganhar e gastar.
  • O Botafogo tem uma divisão de base terrível. Não gera quase nada ao clube.
  • O investimento do Vasco foi quase todo feito em 22/23.
  • A temporada de maior gasto foi a do Flamengo de 19/20, com 250 milhões em contratações.
  • A maior janela de vendas também foi do Flamengo em 18/19 com 483 milhões de reais.
  • Nenhum dos 12 grandes comprou mais do que vendeu no saldo dos últimos 10 anos.

Rica Perrone

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Atlético MG

Classificação Planejada 2023 – #18

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Todo ano aquela tabela polêmica que mostra o caminho dos clubes pra buscar 72 pontos e brigar por título.

Pra que? Pra você saber se um caminho foi mais fácil que outro ou não. Pra entender quem jogou mais partidas difíceis em casa ou fora e portanto compreender o que a tabela lhe ofereceu até aqui.

As tabelas não tem relação entre si. Cada tabela é pensada pro clube em questão apenas.

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São Paulo

Isso é futebol! O resto é esporte

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Nos acostumamos a fazer contas, analisar pontos e desempenho. Números, números e mais números. Parece até um esporte.

O futebol nos pega pelo ídolo, o momento, o imponderável, a expectativa de reverter o cenário em segundos. O futebol é um entretenimento que movimenta sentimentos e por consequência disso, dinheiro.

Não há dinheiro sem entretenimento. E para isso é fundamental o que muitos chamam de “loucura”. Ora, “loucura” é esperar que os de sempre entreguem mais do que o de sempre.

Ou pior: esperar que um parque de diversões sobreviva sem novas atrações, sejam elas tão boas quanto anunciadas ou não. A gente quer esperar algo melhor, mesmo sabendo ser improvável.

São 20 times. Só um campeão. Como podemos fazer os outros 19 serem interessantes, portanto?

Com ídolos. Expectativa, atrações, novidades, discussão, paixão.

Pra isso os maiores times do mundo jogam dinheiro pela janela contratando revelações que em sua maioria não dão certo.

O Real Madrid pode fazer 10 jogadores em sua base. Os dez teriam que ser campeões de tudo pra causar o impacto da chegada de um grande craque. E é disso que vive o futebol quando a vitória não é garantida.

Se é que algum dia ela foi.

James é expectativa, curiosidade, assunto, camisa, chegada, apresentação, euforia, oba-oba, talento bruto.

Se vai dar certo em campo, não sei. Gostaria. Até apostaria, pois acho craque. Mas quando o futebol brasileiro entender que a venda é de entretenimento e não de resultados, saberá que ele se pagaria mesmo se mal jogasse.

Como ainda não sabem, pode sair caro. Mas ainda assim, ver a torcida tricolor mudando o patamar da expectativa em horas é algo que o dinheiro compra. Se chama James Rodriguez.

RicaPerrone

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