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Rolezinho

Quando um grupo de garotos corre na sua direção fazendo bagunça e te causando insegurança num lugar teoricamente seguro chamamos de “rolezinho”.

É isso que o Santos faz de melhor no Brasileirão.

Um clube com vocação pra não privilegiar nada vindo de fora. Ou é feito em casa, ou parece um estranho no ninho.  Os garotos isolados fazem muita bobagem, mas em bando ninguém segura.

Toda vez que o Santos está em situação difícil surge um monte de garotos desconhecidos para, juntos, formarem um time imprevisível, encantador e que se diverte jogando futebol.

Toda a parte pragmática do São Paulo, que tenta criar mil formas de jogar com seu bom novo treinador acaba de frente pra uma “pivetada” de branco disposta a improvisar. Não tem roteiro, manual, é arte pura.

Talento! Talvez de outra farda nem causasse tanto medo, mas parece que de branco na Vila eles ganham o direito de crescer.

Cadê o Santos que lutava pra não cair? Cadê o time em crise que ninguém “aguentava mais”?

Só conseguimos enxergar garotos, sorrisos, molecagens e o tiozão lá na frente se divertindo comandando o bando.

O Santos não tem um timaço, não tem uma torcida de massa, não é um dos favoritos ao título e a soma disso tudo lhe dá exatamente a condição que mais gosta: A de fazer molecagem.

Cuidado. Tem rolezinho no Brasileirão. E eles não tem deixado nada no lugar.

abs,
RicaPerrone

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