Ronaldinho do Galo
Ronaldinho, sabe? Aquele.
Qualquer um lembra. O cara que fez no Barcelona muito próximo ao que faz Messi hoje e que mesmo assim nunca teve seu nome comparado a Pelé pela mídia nacional. Talvez por não ser o que chamamos de “carismático”, talvez por nunca ter sido na seleção o que foi naquele Barcelona, ou, talvez, por nunca ter sido em mais lugar algum aquele Ronaldinho.
Fato é que Ronaldinho virou uma marca do futebol brasileiro atrelada a clube nenhum.
E se tem algo que deve matar um jogador por dentro é ter que sair do seu país pra receber os aplausos que conquistou com trabalho. Ronaldinho não quis ser do Grêmio, os traiu, na mais “moleque” e ingrata decisão de sua carreira.
Mas voltou ao Brasil para tentar cair nos braços da maior torcida do país. Quase conseguiu, não fosse uma saída conturbada e novamente com sintomas de não muita transparência.
E então surge no Galo. Ronaldinho chegou ao Atlético Mineiro e fez do Galo o “time do Ronaldinho”. Até que conquistaram a América pelos pés ( e mãos) de outros protagonistas e, enfim, passamos a ter o “Ronaldinho do Galo”.
O craque, a referência, mas em momento algum o único fator que determinou a conquista. E portanto, jogador que fez parte do clube, não o contrário.
De hoje em diante, quando nos referirmos a Ronaldinho, que já foi “gaúcho”, lembraremos dele de alvi-negro. E sim, usaremos o termo “Ronaldinho do Galo”, lembrando sempre aquele “Galo do Ronaldinho” que foi campeão da mais incrível Libertadores de todos os tempos.
A bola é uma mulher vaidosa que só se apaixona por homens bem vestidos. Faltava ao Ronaldinho uma camisa.
Faltava.
abs,
RicaPerrone