Sem direção
Se me mandassem apostar os meus últimos reais num clube que estaria priorizando uma competição no país, diria “Flamengo e a Liga”. É óbvio, ele que brigou pra ela existir, ele que fez o maior barulho pra ela valer. Ninguém quer mais que essa Liga exista do que o Flamengo.
E então, numa quarta-feira qualquer, de olho num Volta Redonda x Flamengo do sábado seguinte, Muricy resolve poupar jogadores titulares.
Perdeu, está fora. Não haverá Fla-Flu na final e não fosse o Paulo Vitor o final da partida poderia ter sido ainda pior, desta vez já com os titulares em campo.
Eu não vou entrar no mérito do Muricy e sua filosofia de trabalho que prejudica seu desempenho em mata-mata. Ele é contra qualquer motivação extra e portanto seu time entra igual em todos os jogos. Em jogos decisivos, costuma jogar como outro qualquer, logo, leva desvantagem.
Mas se não bastasse essa preferencia contestável, porque diabos o Flamengo entrou com alguns reservas hoje?
Sob qual argumento aceitável isso aconteceu? Vou além: Orientado por que tipo de liderança essa decisão foi tomada?
Em que momento numa hierarquia profissional alguém permitiu que o “gerente” tivesse escolha sobre as prioridades da empresa determinadas pelo presidente e diretoria?
Que merda foi essa que o Flamengo pregou e fez durante os últimos 3 meses para chegar onde queria e “poupar” time?
Não faço idéia de quem foi a decisão, mas desconfio que a autorização seja do chefe. E sendo, me soa um tanto quanto fora de rumo tudo que foi dito até aqui sobre a temporada, as prioridades e o que o clube tem como objetivo.
Hoje, taticamente, tecnicamente, tanto faz. Não entendi nada. Apenas a eliminação, por sinal, justa.
abs,
RicaPerrone