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Sem terrorismo, nem carnaval

Farão, sabemos. Mas não é preciso.  O Grêmio não é surpresa quando vence, o Botafogo não jogou uma partida ruim, apenas perdeu o jogo.

De todas as mil teorias e “lições” que vão tentar tirar de meros 90 minutos, a mim ficaram apenas as boas.

A de que o Engenhão fica lindo com muita gente. A de que o Botafogo merecia ter sempre mais gente.

A de que o Grêmio tem, agora, um time competitivo. A de que o Luxemburgo não era o problema do Flamengo.

A lição que o Andrezinho deve ser titular, talvez o Elkeson não seja centroavante e de que o Tricolor poderia ter continuado a jogar pelo chão após o gol.

Eufórico, afobado, quase burro, fez de tudo pra tomar o gol de empate. Mais eufórico e afobado ainda, o Botafogo não fez.

Do jogo, da vida, normal.

Em momento algum o Botafogo foi “pior” que o Grêmio. Apenas tomou o gol primeiro. Quando dois times desse tamanho se enfrentam, ainda mais com tv e casa cheia, um gol significa uma razoável possibilidade de vitória.

Foi o que aconteceu. Num lance de raro talento, Zé meteu pro Moreno fazer. Seedorf não está ainda em condições de desequilibrar, e achei a formação do Oswaldo ruim hoje.

Muito leve, muito “aberto”, pouco objetivo. O time roda muito, chega pouco. Elkeson é pra preparar, vir dos lados, não pra ser o homem do último toque.

Mais simples, sem se exigir um show em virtude do público, o Grêmio só buscou um gol e o contra-ataque. Fez.

Só isso. Méritos pro Grêmio que venceu mais uma, mostrou evolução e chega de vez na briga entre os primeiros e meros detalhes a se contestar no bom Botafogo que não fez uma partida ruim.

Sem terrorismo, nem carnaval.

Quarta-feira tem mais.

abs,
RicaPerrone

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