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Sobre meninos, lobos e bobos

Meninos que correm por prazer, lobos que já não sabem porque correr. Meninos atrevidos, imprevisíveis e que mereciam mais gente.

Lobos que não merecem o chefe da matilha, e que talvez nem mesmo aquele tanto que os acompanha.

Os meninos bailaram, pintaram um quadro no segundo gol e só não fizeram ainda pior porque não forçaram.

Bobos, seus torcedores não foram ver. Aliás, como é difícil convencer a torcida do Fluninense a ir ao estádio acompanhar seu time. É na festa ou na tragédia, não há meio termo.

Talvez agora os meninos tenham dado a festa que eles esperavam e portanto lá estejam na próxima semana. Mas hoje, bobos, não foram.

Voltemos aos lobos. Que alternam entre a perspectiva do que já foram seus jogadores e o que são hoje.  O chapéu no Rodrigo, o destempero do Nenê, a inutilidade do Luis Fabiano e a ainda rara contribuição do Wagner são casos simples: barriga cheia.

Não tem ali um time formado para ir buscar algo que nunca tiveram, mas sim para empurrar o final bem abaixo do que se acostumaram a ter.  Nenhum ator da Globo encerra a carreira feliz no SBT dando pouco ibope. Esses caras são campeões, não jogadores que brigam pra não cair.

Errado desde o presidente, e principalmente por ele, o Vasco tomou um baile tático. As chances criadas vieram de talento, lances isolados, não de um coletivo forte. O Fluminense, não. Jogou muito bem os 90 minutos, sabia exatamente o que fazer e quando fazer.

Não fosse o erro do arbitro teria feito 1×0 no começo, no pênalti, e seria ainda mais fácil. Mas mesmo permitindo dificultar, não foi difícil.

É menos glamouroso no papel, não está se colocando como favorito a nada no grito, mas o que apresenta é de encher os olhos.

O que te falta pra abraçar esse time, tricolor?

abs,
RicaPerrone

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