Todo o possível
Eu gosto de ver o Grêmio e o Corinthians jogar pelo mesmo motivo: os dois fazem tudo que podem.
O “tudo que pode” do Grêmio é evidentemente melhor que o do Corinthians, por limitações técnicas, o que torna ainda mais incrível o trabalho até aqui. Mas ainda que os dois times tenham propostas de jogo completamente diferentes, os dois se parecem muito.
O Corinthians pela aplicação absurda de se postar como um time inferior tecnicamente sem essa vaidade. É duro pra um Corinthians fazer isso, acredite. O jogador não quer ser “tático”. Ele chega no Corinthians pra ser estrela.
E o Grêmio com o futebol mais gostoso de assistir do país, porque tem pra isso e vem entrosado do ano passado. Um esperando, o outro agredindo, os dois velozes quando podem, compactos sem a bola. Mas os dois no mesmo limite.
Ao final da partida o Grêmio tinha ido todo pro ataque. Perdeu pênalti, dois lances embaixo da trave, mas… fez de tudo que podia pra conquistar o resultado. O Corinthians, com muito menos obrigação por jogar fora, idem.
Fez um gol numa falha do goleiro, se salvou de outros com méritos do seu. Mas goleiro é parte do time, não? Logo… não há injustiça nisso.
O resultado surpreende por ser lá, lotado, com 14 finalizações contra 5. Mas ele não é injusto.
São propostas.
A dos outros é que são inferiores. Essas duas, acredite, são não a toa na tabela as duas melhores propostas do país. Não porque são geniais, mas porque vão no limite das possibilidades de ambos.
abs,
RicaPerrone