“Felipão é impressionante! Não há no mundo ninguém melhor para uma disputa de mata-mata” – Julho de 2013.
“Felipão é o nome certo pra Copa” – Junho de 2014.
“Felipão está ultrapassado” – Agosto de 2014.
Você já pensou se sua vida fosse avaliada pelos mesmos critérios que a imprensa esportiva usa pra taxar alguém de burro, gênio, competente ou incapaz? Se as suas conquistas sumissem na mesma medida que seus méritos retornassem até mesmo onde você sequer participou. Ou se todo dia ao acordar você não soubesse se dormiria imbecil ou genial.
Aquela turma que enxergou numa derrota o fim de uma carreira brilhante agora tem que se explicar. E pra explicar, vão menosprezar o feito, é óbvio. Assim, feito idiotas, repetem que tinham razão quando condenaram um mito do nosso futebol ao fim.
“São os mesmos treinadores de 1995!”. Sim, são! Os mesmos comentarista também.
Ultrapassado não é exatamente aquele que ganhava e hoje perde. Necessariamente o termo cabe àquele que avalia situações como em 1990, sem conseguir evoluir com o mundo, a vida, o futebol.
Felipão é só mais um que será torturado levando nas costas a frustração de uma gente que não aceita perder e, por mais irônico que seja, tem vocação pra derrota.
O Grêmio não perde, não sofre gols, decola na tabela, ultrapassa todo mundo e mais uma vez o carinha ali no banco é o Felipão. Aquele, o ex-treinador, lembra?
Não? Imaginei que não.
abs,
RicaPerrone